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Diário da Amazônia

Ariquemes: Famílias irão para área desapropriada

A Superintendência Estadual do Incra em Rondônia aguarda a emissão de posse no prazo de 60 dias e, paralelamente, a liberação dos..

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Publicado: 18/01/2015 às 03h25min

Fazenda desapropriada para reforma agrária fica em Ariquemes, no Vale do Jamari

Fazenda desapropriada para reforma agrária fica em Ariquemes, no Vale do Jamari

A Superintendência Estadual do Incra em Rondônia aguarda a emissão de posse no prazo de 60 dias e, paralelamente, a liberação dos recursos e lançamento do título da dívida agrária, para iniciar o assentamento de 116 famílias na Fazenda Rio Branco II (1,7 mil hectares), a 12 quilômetros do centro de Ariquemes.

Próxima à área urbana desta cidade da rodovia BR-364, a 192 quilômetros de Porto Velho, a fazenda desapropriada em 30 de dezembro pela presidente Dilma Rousseff será utilizada para o cultivo de hortifrutigranjeiros, uma das vertentes da agricultura familiar, atualmente responsável por sete de cada dez empregos no campo e por cerca de 40% da produção agrícola brasileira.

Recente mutirão do Incra, para cadastramento de trabalhadores rurais em Machadinho

Recente mutirão do Incra, para cadastramento de trabalhadores rurais em Machadinho

O imóvel rural pertencia a Hugo Frei, um dos maiores produtores de cacau do Estado nos anos 1980. Segundo o chefe de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Reassentamentos do Incra-RO, José Ribeiro Cunha, as famílias contempladas possivelmente desenharão novo cenário na região do Vale do Jamari, também conhecido por casos de violência no campo.

O Vale do Jamari levou o governador Confúcio Moura a defender mudança na forma de distribuição de terras, durante o seu primeiro mandato, quando foi recebido em audiência pelo então ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo presidente do Incra, Celso Alvarenga, em Brasília. Na ocasião, o governador advertia: “A reforma agrária precisa ser feita de baixo para cima e não ao contrário”.

“Temos que acabar com a cultura de adquirir terra nos confins das matas e jogar as famílias sem estradas, longe de escolas e de recursos de saúde. O Estado pode localizar áreas próximas das cidades, de escolas, de transporte, enfim, de uma infraestrutura mínima que garanta o sucesso do assentado”, afirmava o governador.



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