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Diário da Amazônia

Fechadas propostas sobre preço do boi

Queda do preço do boi deve ter gerado prejuízo de R$ 1 bilhão ao Estado de Rondônia.

Por Assessoria
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Publicado: 29/01/2016 às 05h00min

Em reunião no Singaro, Maurão destacou prejuízos para os cofres públicos do Estado

Em reunião no Singaro, Maurão destacou prejuízos para os cofres públicos do Estado

Em reunião na sede do Sindicato do Comércio Atacadista de Rondônia (Singaro), em Porto Velho, foi encerrado na noite de quarta-feira o ciclo de encontros do movimento Grito da Pecuária, em defesa de melhorias no preço da arroba do boi. O presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP), participou do encontro, quando afirmou que a estimativa é que Rondônia tenha perdido, em 2015, aproximadamente R$ 1 bilhão com a queda no preço da arroba.

“Esse dinheiro deixou de circular na nossa economia e menos empregos foram gerados, o comércio reduziu as vendas e o governo deixou de arrecadar. Foi um prejuízo para todos”, informou o deputado.

Essa perda se deve ao fato de a pecuária ser responsável pela maior fatia da economia de Rondônia, desde o comércio de implementos à venda de vacinas. “E o pior: a carne nos açougues e mercados não parou de subir para o consumidor. Ou seja, só quem está ganhando são os donos de frigoríficos e não podem aceitar mais”, completou.

Maurão relatou o encontro que teve com o governador Confúcio Moura (PMDB), junto com o deputado Adelino Follador (DEM). “Apresentamos as propostas debatidas pelos pecuaristas ao governador, que se mostrou favorável ao movimento e adiantou implantar as medidas necessárias para ajustes no preço da carne”, citou.

Após reuniões em Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Jaru e Ariquemes, Porto Velho encerrou os encontros com a definição de uma estratégia de atuação dos criadores para enfrentar a queda no preço do boi. As propostas serão apresentadas em reunião com representantes de grupos de frigoríficos até o próximo dia 15.

A redução da pauta do boi, da vaca e do bezerro para zero, para a venda em outros Estados; a revisão dos incentivos fiscais aos frigoríficos; o estímulo à abertura ou reabertura de plantas frigoríficas; facilitar a implantação de pequenas unidades de abate; aferição das balanças dos frigoríficos; busca de novos mercados e até a criação de cooperativas para abate foram algumas das propostas acatadas.

A proposta de assegurar um preço mínimo na arroba do boi, entre 90% a 95%, da média de preço praticado em São Paulo, pelos frigoríficos com incentivos fiscais, foi uma das mais aceitas.

“Quem recebe incentivos, precisa dar a sua contrapartida. Como hoje isso não tem sido cumprido, precisamos criar mecanismos que forcem os frigoríficos a garantirem preços competitivos para a nossa carne. E esta é uma saída viável”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), Hélio Dias.



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