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Diário da Amazônia

Fecomércio: Brasil precisa crescer para economia de RO melhorar

Presidente da Fecomércio/RO afirma que para a situação do emprego no estado melhorar é preciso que o País volte a crescer

Por Assessoria
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Publicado: 26/05/2019 às 18h02min | Atualizado 26/05/2019 às 18h03min

Raniery Araujo Coelho – Presidente da Fecomércio

Rondônia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos primeiros meses deste ano, teve a 3ª menor taxa de desemprego do país. Enquanto a taxa nacional ficou 12,7%, o nosso estado teve uma taxa de 8,9%. Somente o Rio Grande do Sul (8,0%) e Santa Catarina (7,2%) tiveram taxas menores, enquanto o Amapá (20,2%), a Bahia (18,3%) e o Acre (18,0%) tiveram as maiores porcentagens do País.

Um sintoma da melhoria do emprego é o fato de que até mesmo em Porto Velho, que, em 2018, aparecia como uma das capitais com maior índice de desemprego, agora, aparece em 24º lugar, com uma taxa de 10,7%, quando a capital com menor taxa, Goiânia, possui uma taxa de 7,2%.

É preciso acentuar que a taxa de desemprego de Porto Velho é muito afetada pelo desemprego dos jovens, que é o dobro da taxa dos mais velhos. Os dados apontam que, apesar dos problemas nacionais, Rondônia continua numa situação relativamente boa em relação à grande maioria dos outros estados.

Composição da economia é um colchão contra crise

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio-CNC, Raniery Araujo Coelho, durante a 8ª Rondônia Rural Show, analisando a situação afirmou que “Os resultados são normais e mostram que há estabilidade no nível de emprego. É natural no 1º trimestre, que haja dispensa de trabalhadores temporários que foram contratados para os eventos de final de ano”.

E explicou que Rondônia, por sua economia estar ancorada no comércio, nos serviços e no agronegócio, sofre menos os efeitos da crise, inclusive por conta do bom desempenho do Governo do Estado, que mantém um controle de suas contas e pagamentos em dia. “É como se tivéssemos um colchão para amortecer a queda”. E esclareceu que tivemos uma melhoria na situação do emprego. Basta ver que, na análise por setor, as maiores quedas no de ocupação foram na administração pública, principalmente nas pequenas prefeituras, o que se aconteceu aqui foi em menor escala, e na construção civil.

Também se verificou que a situação dos trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre anterior, mas, em Rondônia, houve um pequeno acréscimo de pessoas nesta condição. São os pequenos empregadores, os vendedores por conta própria, que, muitas vezes, pegam alguém para ajudar, o que aumenta o comércio, bem como o setor de transporte, em especial os motoristas de aplicativos. Não é trabalho formal, porém, é uma tendência moderna no mundo inteiro, o que chamamos de “uberização”, as pessoas tenderão, no futuro, a trabalhar mais por conta própria utilizando aplicativos.

Rondônia depende do crescimento do país

Embora considere que, pela composição de sua renda, Rondônia esteja sendo menos afetada, em termos de emprego e renda, Raniery considera que é preciso que o País cresça para podermos ter uma retomada de níveis mais altos de atividade econômica. Segundo ele, “No momento, o aumento do dólar é um sinal deste processo, céu está enevoado. Os empresários estão menos otimistas esperando a aprovação da reforma da previdência”, porém, no seu entender, o ambiente econômico tende a melhorar no segundo semestre. “O Brasil possui uma democracia forte, em especial, e Rondônia é a comprovação disto, um povo que deseja crescer, que precisa ter mais condições de empreender, de criar riquezas, daí, minha crença no futuro”. Para ele, embora haja muito ruído na comunicação, o governo está tomando o rumo certo ao pregar a redução do estado, a diminuição da burocracia e dos impostos. “É fato que o Brasil tem Norte, porém, precisa que a iniciativa privada possa ter mais recursos e liberdade para trabalhar. Isto só acontecerá com a diminuição da intervenção do estado e dos impostos”.



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