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Diário da Amazônia

Fesec e escolas de samba Realizam show especial

Em reunião que aconteceu na noite da última terça feira, 08, a Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia..

Por Assessoria
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Publicado: 10/01/2019 às 10h08min

Em reunião que aconteceu na noite da última terça feira, 08, a Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia – Fesec, em comum acordo com os dirigentes das agremiações carnavalescas afiliadas, aprovou a realização de um espetáculo que vai contar com show de Mestre Sala & Porta Bandeira, Rainha de Bateria, Ala de Passistas, Bateria e Interpretes de Samba Enredo (carro de som), Domingo de Carnaval  dia 03 de março.

De inicio o espetáculo está marcado para acontecer na Praça Aluizio Ferreira, dentro da programação da Feira do Porto que acontece aos finais de semana em Porto Velho. “Vamos conversar com a diretoria da Associação que administra a Feira para acertarmos a parceria, lembrando que a realização do Espetáculo das Escolas de Samba será a custo zero para a Feira do Porto”, disse o presidente da Fesec Reginaldo Cardoso – Makumbinha.

Melhor Samba Enredo

O colunista Zekatraca se comprometeu em realizar o Concurso, que vai escolher o Melhor Samba de Enredo de nossas escolas de samba, para o ano de 2019. “Esse concurso aconteceu pela primeira vez, no carnaval de 2014, com o apoio da Empresa Diário da Amazônia. O melhor samba enredo ganha o Troféu Sebastião Araujo da Silva – BABÁ”, lembrou Silvio Santos – Zekatraca.

Durante a reunião de terça feira, a direção da Fesec colocou em votação, o teor da Nota de Esclarecimento (Repúdio), que após alguns ajustes, foi aprovada e pode ser lida abaixo.

Nota de esclarecimento

A Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia – FESEC, vem a público esclarecer e repudiar o seguinte:

Já é de domínio público, noticiado pela imprensa e mídias sociais, que a prefeitura não irá repassar a verba para a Cultura Popular/Carnaval. Esta é uma manifestação secular do povo brasileiro e, no caso do desfile das Escolas de Samba, uma manifestação genuinamente brasileira, que consta no calendário cultural do país, de grande participação popular, gera renda, lazer e contribui no fortalecimento da identidade cultural do nosso povo.

As Escolas de Samba propiciam e geram:

– Trabalho e renda através de centenas de trabalhos direto e indiretos;

– Não obtém lucros, pois suas fantasias são doadas (gratuitas);

– Não cobramos ingressos ao público;

– Recolhemos impostos à prefeitura;

– Nosso evento é familiar (de comunidade com viés social);

– Nosso público é composto em sua maioria de crianças, adolescentes e idosos;

– Propiciamos um teatro a céu aberto, organizado e com segurança à família rondoniense;

– A Escola de Samba é a verdadeira tradição do carnaval genuinamente brasileiro e, em alguns estados, é patrimônio imaterial como em São Paulo e Rio. Em nossa capital acontece a mais de 50 anos e não é respeitada nem preservada.

Justificativa da prefeitura pra não repassar o subsídio: – Segundo a prefeitura o motivo pra não fazer o repasse é pra poder aplicar essa verba (300 mil reais), na área da “saúde, educação e infraestrutura”. Isso é uma falácia para ganhar apoio positivo da opinião pública, pois, infelizmente, essa ação “não vai resolver o problema da nossa saúde nem pode ser aplicada”.

Por que não vai resolver? – É um valor irrisório em relação ao orçamento das demais secretarias. Só pra ficarmos no exemplo da nossa combalida saúde, a prefeitura é obrigada por lei, a aplicar 18% do orçamento do município na saúde. Isso perfaz um valor de mais de R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões de reais).  Bem longe dos 300 mil do investimento cortado da Cultura Popular. Uma única UPA recebe, com justiça, pra fazer frente às suas despesas, mais de 1.000.000,00 (Um milhão de reais). Portanto, o repasse retirado da Cultura Popular não vai resolver o problema, nem de uma UPA, tampouco da saúde, educação e da infraestrutura.

O que devemos fazer como cidadãos que pagam seus impostos? O que devemos fazer é acompanhar e fiscalizar a aplicação desses recursos orçamentários, pois, se a saúde tá um caos com esse orçamento de mais de 200 milhões, pode estar faltando competência pra gerir essa verba ou o dinheiro “tá indo para o ralo” (só não pode imputar a culpa da ingerência na Cultura Popular).

Senão vejamos: – A prefeitura em seu site oficial informou que o ano de 2018 seria o ano da saúde com aplicação de mais de 300 milhões (acima do percentual orçamentário de 18% exigido por lei) e o que aconteceu?

– Também veicularam que conseguiram economizar mais de 50 milhões com redução de gastos (então não precisava retirar os 300 mil do investimento da Cultura Popular). O cidadão concorda que, parte dos 50 milhões, resolveria o problema da saúde, se bem geridos?

Colocamos estes questionamentos pra esclarecer que estão usando de falácias pra convencer a opinião pública da austeridade da administração municipal e, escolhendo como vilão (todo ano é isso), o “carnaval” e a Cultura Popular. Portanto senhores(as):

– Considerando o desrespeito e a falta de compromisso por nossa Cultura Popular (pois, além de não termos sido consultados, até o presente momento não fomos notificados oficialmente dessa decisão);

– Considerando a falta de vontade política da prefeitura, principalmente pelo presidente atual da FUNCULTURAL, que deveria lutar por esse evento e por esse segmento cultural que é a maior manifestação conduzida pela Fundação (pelo contrário, às vezes, parece que tá trabalhando contra esse movimento nos dando a impressão que só realizou o evento, em 2018, por ser um ano eleitoral). Se a Fundação não consegue nos representar nem realizar o evento é melhor não existir ou pedir pra sair, pois, na LDO desse ano, foi destinado mais de 600 mil destinado ao carnaval.

– Considerando que a decisão de não fazer o repasse foi “em cima da hora” sem tempo hábil para conseguirmos parcerias necessárias a fim de desenvolvermos o processo (longo) de aquisição, compras e confecção de alegorias, fantasias e adereços e; Apesar de continuarmos gestionando pra reverter a atual situação, Repudiamos a decisão unilateral da Prefeitura de Porto Velho diante da falta de compromisso e respeito para com a maior manifestação da Cultura Popular da nossa cidade e do Brasil.

A Diretoria da FESEC e suas filiadas.

FENASAMBA – Federação Nacional das Escolas de Samba (São Paulo).

SINTAX – Sindicato dos Taxistas, Transportes Escolares, Turístico e Fretamento.



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