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PLANTÃO DE POLÍCIA

Filho assassina pai a golpes de faca

O menor infrator foi apreendido pela polícia e encaminhado às autoridades.

Por Da Silva Diário da Amazônia
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Publicado: 04/11/2015 às 05h05min

Ex-secretário Alexandre Muller era natural da Paraiba e também foi secretário de saúde na cidade de Ariquemes Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Ex-secretário Alexandre Müller era natural da Paraíba e também foi secretário de saúde na cidade de Ariquemes Roni Carvalho/Diário da Amazônia

O assassinato do médico e ex-secretário de Saúde de Rondônia, Alexandre Carlos Macedo Müller, de 58 anos, durante a noite segunda-feira última em Porto Velho, abre novamente um precedente para discussão sobre a inserção de valores familiares e os formatos atuais de educação para as novas gerações de crianças e adolescentes.

O médico foi morto a golpes de faca, que teria sido aplicados pelo próprio filho, um jovem com idade de 16 anos que chegou em casa e se enfureceu com a demora do pai em abrir a porta do local onde os dois residiam.

Alexandre Müller morava no residencial Brisas do Madeira, situado na avenida Tiradentes, zona Norte da capital.

De acordo com as informações levantadas sobre o caso, após demorar a abrir a porta do apartamento, vítima e filho teriam entrando em discussão acirrada e, posteriormente, o segundo teria efetuado as facadas contra o primeiro.

“Abriu a porta para que ele entrasse e, já foi direto para o quarto do pai. Em seguida, os dois foram conversar na cozinha. Em dado momento, ouvi os gritos dele pedindo para que o filho parasse. Quando cheguei na cozinha, meu marido estava no chão, ensanguentado”, explica a esposa de Müller.

A vítima ainda foi levada para atendimento médico junto ao Pronto-Socorro do Hospital João Paulo II, em Porto Velho, onde foi iniciado processo cirúrgico mas, a morte veio em seguida em função da gravidade dos ferimentos.

O menor infrator foi apreendido pela Polícia Militar e encaminhado para as autoridades que cuidaram dos procedimentos de praxe.

Relacionamento pai sempre foi conturbado

O relacionamento entre o pai, Alexandre Müller, e o filho, menor de idade, sempre foi conturbado. Pessoas próximas aos dois contam que, apesar do menor ter sido fruto de uma relação casual de Müller com a mãe deste, o médico sempre ofereceu atenção especial. De escola particular às melhores condições e opções de lazer, o filho não pode reclamar de estrutura, diferentemente dos irmãos, filhos de sua mãe e “mais pobres”.

Para alguns amigos de Müller, o fato de ter ofertado tudo o que o filho pedia foi o “mau costume”. Assim, os dois foram de momentos apimentados em discussões acaloradas às vias de fato. Nos últimos meses o médico chegou a confidenciar com alguns amigos que já não tinha mais forças, e não sabia o que fazer, com o filho e seu comportamento.

O médico

Natural do Estado da Paraíba, o médico Alexandre Müller morava em Rondônia fazia alguns anos. Formado pela Universidade Federal da Paraíba, cursou Medicina, fez residência em Medicina Preventiva e Sanitária. Na primeira gestão do Governo de Confúcio Moura foi secretário de Saúde. Anteriormente já havia desempenhado as funções de secretário municipal de Saúde, em Ariquemes, e diretor de Vigilância Sanitária.



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