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Fiocruz e Cepem debatem aumento de casos de malária em RO

Os casos recorrentes de malária, dengue, zika e chukungunya estão entre as principais doenças registradas em Rondônia e levantam..

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Publicado: 19/03/2019 às 15h30min | Atualizado 20/03/2019 às 09h29min

Os casos recorrentes de malária, dengue, zika e chukungunya estão entre as principais doenças registradas em Rondônia e levantam preocupação da saúde pública sobre o controle. Conforme dados do Sistema de Vigilância Epidemiológico do Ministério da Saúde, somente em 2018 foram registrados mais de 7 mil casos de malária em 34 dos 52 municípios do estado. Já as arboviroses dengue, zika e chikungunya apresentaram redução de mais de 50%, em janeiro de 2019, se comparado com o mesmo período do ano anterior.

Os números estão em crescimento. De 1 de janeiro e 14 de março, deste ano, já foram confirmados 1.198 casos de malária, contra 1.158, no mesmo período do ano passado. De acordo com Cesarino Aprígio, a malária, atualmente, está no foco das ações de controle, tendo em vista o índice elevado de notificações.

Municípios com mais casos de malária 2019

Resumo Epidemiológico SVS 2019, de 1 de janeiro a 14 de março de 2019

  • Porto Velho – 596
  • Candeias do Jamari – 341
  • Ariquemes – 61
  • Itapuã do Oeste – 60
  • Machadinho – 36
  • Guajará-Mirim – 29
  • Alto Paraíso – 24
  • Nova Mamoré – 16
  • Cujubim – 16
  • Rio Crespo – 7

Confira a reportagem na integra:

Reprodução

Os casos recorrentes de malária, dengue, zika e chukungunya estão entre as principais doenças registradas em Rondônia e levantam preocupação da saúde pública sobre o controle. Conforme dados do Sistema de Vigilância Epidemiológico do Ministério da Saúde, somente em 2018 foram registrados mais de 7 mil casos de malária em 34 dos 52 municípios do estado. Já as arboviroses dengue, zika e chikungunya apresentaram redução de mais de 50%, em janeiro de 2019, se comparado com o mesmo período do ano anterior.

Os números estão em crescimento. De 1 de janeiro e 14 de março, deste ano, já foram confirmados 1.198 casos de malária, contra 1.158, no mesmo período do ano passado. De acordo com Cesarino Aprígio, a malária, atualmente, está no foco das ações de controle, tendo em vista o índice elevado de notificações.

Simpósio

Para aprimorar a atuação dos profissionais da área de saúde, e discutir estratégias para a melhoria do diagnóstico, tratamento e controle da malária e arboviroses, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RO), em parceria com o Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia (Cepem), vai realizar no próximo dia 21 de março, no Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), em Porto Velho, o Simpósio em Arboviroses e Malária na Amazônia Ocidental. O evento irá reunir estudantes, pesquisadores e especialistas no assunto.

Para a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz RO, Deusilene Vieira, que também é pesquisadora em Saúde Pública na área de virologia, o evento busca “oferecer atualização aos profissionais, pesquisadores e alunos no entendimento dessas patologias para que possam conhecer as pesquisas desenvolvidas nessas temáticas, considerando que essas arboviroses são emergentes e endêmicas na nossa região e país”.

Além disso, o simpósio também tem como objetivo apresentar à comunidade os avanços em pesquisas desenvolvidas em diferentes regiões, pois contará com a participação de pesquisadores de outras unidades da Fiocruz. Segundo Cesarino Aprígio, gerente técnico de Vigilância em Saúde Ambiental da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), atualmente, o estado de Rondônia apresenta algumas condições favoráveis para o acompanhamento das arboviroses. “Levando em consideração que possuímos um banco de dados, que conta com a participação dos municípios para alimentá-lo, com informações importantes, a Agevisa pode agir de forma pontual quando essas regiões sinalizam para quadros de emergência”, salientou.

Ainda segundo ele, este simpósio é uma grande oportunidade para a troca de informações sobre atividades de pesquisa, na área das arboviroses, e práticas de controle e manejo clínico, para o dia a dia desses profissionais, com foco na saúde pública. Vale ressaltar que este evento contempla duas temáticas importantes para a nossa região com enfoque no diagnóstico, vigilância entomológica, tratamento, conduta clínica e terapêutica favorecendo um maior conhecimento e entendimento dessas doenças.

Municípios com mais casos de malária 2019

Resumo Epidemiológico SVS 2019, de 1 de janeiro a 14 de março de 2019

Porto Velho – 596

Candeias do Jamari – 341

Ariquemes – 61

Itapuã do Oeste – 60

Machadinho – 36

Guajará-Mirim – 29

Alto Paraíso – 24

Nova Mamoré – 16

Cujubim – 16

Rio Crespo – 7

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

8:00 às 8:45min – Abertura

8:45 às 9:30 – Chikungunya: Uma arbovirose em expansão no Brasil. Palestrante Dr. Rivaldo Venâncio da Cunha (Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência);

9:30 às 10:00 – O uso da bactéria Wolbachia como uma ferramenta inovadora no controle de arboviroses – World Mosquito Program. Palestrante Dr. Gabriel Sylvester Ribeiro (Fiocruz);

10:00 às 10:15 – Coffee break

10:15 às 10:45 – Etiologia da Síndrome Febril exantemática aguda durante a emergência do vírus Zika no Amazonas. Palestrante Dr. Felipe Naveca (Fiocruz Amazônia/ILMD);

10:45 às 11:15 – Panorama das arboviroses e outras doenças de transmissão vetorial em Porto Velho. Palestrante Régia de Lourdes Ferreira Pachêco Martins (DVS – Semusa);

11:15 às 12:00 – Mesa Redonda

12:00 às 14:30 – INTERVALO PARA ALMOÇO

14:30 às 15:00 – Implementação de um novo tratamento de cura radical da Malária Vivax. Palestrante Dr. Dhélio Pereira CEPEM/UNIR);

15:00 às 15:30 – Epidemiologia da Malária em Rondônia. Palestrante Dr. Mauro ShugiroTada (CEPEM);

15h30 às 15h45 – Coffee break

15:45 às 16:15 – Malária Grave. Palestrante Dr. Marcos Lacerda (Fiocruz/ILMD/ Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado);

16:15 às 16:45 – Mesa Redonda

16:45 às 17:00 – Encerramento.



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