Porto Velho/RO, 22 Março 2024 16:13:08
Diário da Amazônia

Flor do Maracujá precisa ser tombado como Patrimônio Cultural

Tudo indica que a ‘pendenga’ entre Sejucel e Federon foi resolvida positivamente durante a audiência pública proposta pelo deputado..

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Publicado: 21/05/2019 às 09h52min | Atualizado 21/05/2019 às 09h56min

Tudo indica que a ‘pendenga’ entre Sejucel e Federon foi resolvida positivamente durante a audiência pública proposta pelo deputado estadual Jair Montes que ocorreu na manhã de ontem, dia 20, na Assembleia Legislativa de Rondônia – ALE.

Eyder Brasil o deputado, e o deputado Marcelo Cruz participaram ativamente das discursões que começaram por volta das nove e meia e só terminaram após as 13h (uma hora da tarde).

Após os questionamentos colocados pela direção da Federação de Quadrilha, Bois-Bumbás e Grupos Folclóricos de Rondônia – Federon.

Jair Montes colocou o superintendente da Sejucel na “parede” ao fazer perguntas do tipo: “Qual a solução que o governo tem a oferecer aos grupos folclóricos, uma vez que a Federon disse que não aceita a proposta do governo do jeito que foi apresentada aos grupos?”.

Foi então que Jobson Bandeira disse o que os grupos gostariam de ter ouvido há mais tempo.

O superintendente da Sejucel disse que já havia entrado em contato com a Casa Civil solicitando a participação da Casa no sentido de conversar com alguns empresários no sentido destes, patrocinarem o desenvolvimento dos temas dos grupos folclóricos de Quadrilhas e Bois-Bumbás.

Jair Montes então sugeriu que fosse formada uma Comissão Mista (Sejucel, Ale e Federon) que correria também atrás de patrocínio de empresas privadas aos grupos folclóricos.

Na sua explanação final Jobson garantiu que os recursos oriundos de patrocínio de empresas privadas serão totalmente depositados na conta da Federon, que então passará aos grupos folclóricos obedecendo o Regimento Interno da entidade.

Foi aplaudido pelos presentes, até porque era isso que os grupos vinham reivindicando através da Federon desde o início das negociações com a Sejucel.

Poucas vezes vi uma audiência pública terminar com os problemas discutidos, sendo dados como vitoriosos em favor da população, nesse caso dos grupos folclóricos filiados à Federon.

Inclusive, a direção da Federon convocou de imediato reunião que deve acontecer na tarde desta terça-feira, para escolher os representantes da entidade e dos grupos folclóricos que farão parte da Comissão Mista.

Parabéns a todos que de uma maneira ou de outra contribuíram para que nossa maior festa folclórica seja realizada com a participação do governo Estadual e dos folcloristas de Rondônia, através da Federon.

Parabéns aos deputados Jair Montes, Eyder Brasil e Marcelo Cruz pela realização da audiência pública.

Severino Castro, diretor financeiro da Federon, publicou nas redes sociais o seguinte: Nossos agradecimentos a todos que compareceram a audiência pública na Assembleia.

Nesta terça-feira dia 21 a Federon está convidando todos os presidentes para escolhermos a comissão do Arraial Flor do Maracujá para que junto com a Sejucel possamos chegar a um diálogo final, que seja bom principalmente para a Federon.

“Amanhã também a Federon vai conversar com os barraqueiros…” para esclarecer todas essas picuinhas. Vamos esclarecer tudo, afinal a tesouraria nunca deixou de ser transparente”, disse Severino.

A única coisa que pode atrapalhar a realização do Flor do Maracujá na data prevista pela Sejucel, que é a partir do 27 de junho, é se não conseguirem o desejado com o patrocínio.

Caso isso aconteça, o início do Flor 2019 pode ser adiado. Coisa que ninguém quer.

Por enquanto, só a empresa Marquise é referência como patrocinadora do Flor do Maracujá. Esperamos que seus dirigentes confirmem.

Vamos correr atrás cambada da Comissão Mista!

 

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Flor do Maracujá terá comissão mista
 

Em audiência pública realizada na manhã de ontem, 20, na Assembleia Legislativa de Rondônia – ALE sob a presidência do deputado estadual Jair Montes,  com a presença dos deputados Marcelo Cruz e Sargento Eyder Brasil, superintendente da Sejucel Jobson Bandeira, presidente da Federon Francisco Fernando Rocha, coordenador de turismo da Setur Saulo Jordani, representantes da PM e Corpo de Bombeiros e presença maciça dos dirigentes dos grupos folclóricos filiados à Federon, vendedores ambulantes e público em geral.

Jair Montes franqueou a palavra aos que se inscreveram para tal, começando pelo doutor em cultura popular, professor representante da Unir Marco Antônio Teixeira, folcloristas Rodrigo Cerdeira, Aluízio Guedes, Silvio Santos – Zekatraca e Clodoaldo Negaça, presidente da Liga dos Arraiais.

O professor Marco Teixeira proferiu palestra sobre a importância do Arraial Flor do Maracujá para o estado de Rondônia em especial, para sua capital Porto Velho, “Esse é o único evento que ainda resiste na defesa da nossa cultura. O Arraial Flor do Maracujá precisa ser tombado como Patrimônio Cultural Imaterial de Rondônia e de Porto Velho, creio que só assim, teremos a garantia de sua realização ao longo do tempo e mais, sua realização deve ser através da Federon a verdadeira representante dos grupos folclóricos de Rondônia”, disse Teixeira mostrando aos presentes através de slides, o quanto o Flor do Maracujá contribuiu com a geração de emprego e renda e em especial, a preservação da nossa cultura popular.

Após as explanações dos que se inscreveram para usar a tribuna, Fernando Rocha defendeu a permanência da realização e coordenação do evento pela Federon. Enquanto o superintendente da Sejucel, Jobson Bandeira, falou da proposta encaminhada aos grupos folclóricos na qual constam alguns pontos positivos, como a cedência sem custo, de ônibus para transportar os brincantes até a Cidade da Cultura na noite de suas apresentações, assim, como fornecimento de lanches tão logo termine as apresentações de cada grupo e mais premiação aos classificados nos primeiros lugares. Lembrou também que não medirá esforços, para fazer com que os preços praticados pelos ‘barraqueiros’ no Flor do Maracujá, sejam mais acessíveis à população. “O governo não vai cobrar um tostão dos ambulantes”, garantiu Jobson.

Os deputados Marcelo Cruz e Sargento Eyder Brasil juntos com o deputado Jair Montes em suas falas, chamaram a atenção, conclamando as partes (Federon e Sejucel) que entrem num acordo em prol da realização do maior evento folclórico da região Norte o Arraial Flor do Maracujá.

ACORDO

Jair Montes então passou a arguir o superintendente da Sejucel, sobre qual a solução que o governo tinha para apresentar, já que a direção da Federon afirmou com todas as letras, que do jeito que o governo via Sejucel pretende, dificilmente os grupos iriam se apresentar no Flor do Maracujá 2019. Jobson então concordou em formar uma Comissão Mista (Sejucel, ALE e Federon), cujo objetivo é sair em busca de patrocínio para a montagem dos temas ou apresentações de todos os grupos, inclusive os de acesso, no Arraial Flor do Maracujá e mais, “O arrecadado será administrado pela Federon que providenciará o repasse aos grupos de acordo com seu Regimento Interno”. Era o que os folclorista queriam ouvir.

 

Assim que a Audiência Pública terminou, a direção da Federon convocou reunião para hoje, dia 21, às 18h, na sede da entidade, para escolher os membros que farão parte da Comissão Mista que será formada por integrantes da Sejucel, ALE e Federon que vai em busca do patrocínio para os grupos.
 
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João Távora, o pioneiro fundador de Avorada d’Oeste – breve história
 

Na semana da Emancipação Política do município de Alvorada do Oeste-RO, alunos e professores  da Escola Santa Ana visitaram o Museu Histórico João Távora, para conhecer como foi a criação e emancipação do município de Alvorada do Oeste-RO.

 

E foram recebidos pela professora Rosenaide Aparecida Távora, filha de um dos pioneiros e memorialista da história de Alvorada do Oeste-RO, no qual fala sobre o acervo existente no museu, material este que foi guardado há décadas por seu pai  e após a sua morte, os filhos preservam  o Museu Histórico existente na cidade.

 

Falou que o povoado surgiu  no final da década de 1970 quando 48 homens adentraram a mata em busca de terras. E entre estes homens tinha o senhor João Távora que idealizava em criar uma cidade em meio da mata. Alguns homens achavam João Távora “louco” questionando-o e duvidando de tamanha audácia de um homem tão pequeno (Jão Távora tinha menos de um metro e meio de altura). No entanto, com o passar dos dias, os homens foram se acostumando com a ideia e ajudando João Távora a realizar seu sonho. E durante as demarcações dos lotes, deixaram uns terrenos para fazerem a igreja católica, derrubaram as árvores maiores  e fincaram  lasca de madeira no chão. Que caracterizava a “peça monumental da cidade”. E a partir daí, João Távora procurou o administrador de Presidente Médici e falou em criar uma cidade em meio da mata.  O senhor Antônio Geraldo achou a conversa muito estranha. Mas mesmo assim, veio visitar o local conhecido como: “A – 52”.  Em seguida João Távora trouxe sua família para morar em meio a selva, assim como os outros pioneiros trouxeram seus filhos e esposas.  E com isso houve a necessidade de ter escola. Então os  pais das crianças construíram  uma escola próximo a linha 48, com o nome: Escola Santa Ana e tendo a Zenaide de Souza Távora como professora.  As coisas melhoraram, quando o Governador “Teixeirão” descobriu que existiam pessoas morando no meio da mata. “As árvores eram cortadas de machado e os homens procuravam as mais grossas, pois quando caíam derrubavam outras árvores juntas. E as madeiras eram tiradas com serra de lenhadores e com facão grande”.

 

Lembra aos alunos que: “Quando iam para Presidente Médici com os seus pais, era carregadas dentro de balaios em um lombo de uma “mula”. Geralmente iam as três meninas: Marta, Paula e ela. As duas menores iam dentro do balaio e a maior montada na sela. As roupas eram levadas em um cacaio nas costas. No picadão tinha muita sombra, quando cansávamos éramos colocadas no chão, para andar um pouco. Os pais sempre levavam as panelas de comida.  E a farofa era de “carne de bicho do mato”.

 

Quanto a emancipação política do município, Rosenaide fala que Alvorada d’Oeste foi criada em 20.05.1986.

 

As professoras Eliane Alves dos Santos, Maria de Lourdes da Silva e Vera Santos ficaram  encantadas com o quantitativo de material exposto no Museu e acreditam que o contato dos alunos com o acervo histórico contribuiu com o ensino-aprendizagem dos alunos, além de terem trabalhado o contexto da História de Alvorada d’Oeste em sala.

 

Tânia Góes, coordenadora pedagógica da Escola Santa Ana, fala que seu pai Amado Góes foi legislador do município e acredita que nesta visita os alunos estão vivenciando e fazendo parte da história. 


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