Edição de hoje nº 7702
Apresentação dos seringueiros no arraial Flor do Maracujá em 2017 (Foto: Roni carvalho/Diário da Amazônia)
A quadrilha Os Caipiras do Forte Príncipe, surgiu através da garra, da força e da luta de um guerreiro que lutou principalmente pelo preconceito, pela igualdade de direitos e a liberdade.
A quadrilha Forte Príncipe foi criada para dar oportunidade principalmente aos homossexuais
Laura Vicunã, presidente do grupo forte príncipe conta que a quadrilha Forte Príncipe foi criada para dar oportunidade principalmente aos homossexuais. Segundo ela, eles saíam da zona Leste para brincar em outras agremiações nos outros bairros, e acabavam sendo perseguidos e sofriam preconceito.
“Um Rapaz chamado Luan Xavier procurou parcerias e apoio de amigos e fundou a quadrilha. Só que infelizmente o Luan foi vítima de assassinato por homofobia e aí nunca chegou a dançar na Forte Príncipe. Na época eu estava trabalhando em outros projetos e acabei deixando tudo e abracei o projeto da Forte Príncipe”, relembrou a presidente.
A coleção de vitórias mostra o sucesso do grupo bicampeão no duelo de quadrilhas do Arraiá Leste, campeão do arraial da Amizade, campeão do arraial da escola João Bento, título de melhor quadrilha, o melhor casal de noivos e por ai vai. São 9 anos de história, 7 vividos intensamente dentro da Flor do Maracujá.
E este ano, não será diferente, cada detalhe está sendo um cuidado, com muito amor, carinho e criatividade. Desde a criação dos impecáveis figurinos dos quadrilheiros, aos adereços e coreografia.
São mais de 6 meses de preparação, e tudo isso será apresentado dentro da arena do Arraial Flor do Maracujá. O grupo de 120 quadrilheiros promete exaltar os ciganos, tema escolhido para este ano.
“A gente se identificou muito com esse tema, e estamos trazendo para dentro da arena um pouco do que é a liberdade cigana, sobre santa Sara, que é a padroeira do povo cigano, e mostrar a dança cigana através da sensualidade feminina e a postura do homem cigano e retratar a crença deles”, explicou Laura Vicunã.
Para chegar ao tema, ouve muita pesquisa sobre a cultura da história desse povo, e a quadrilha promete dar um show com as damas, cavalheiros e rainhas. Outro personagem que promete brilhar é o rei do fogo, símbolo maior da dança cigana. Um desafio para Ismael Nascimento, quadrilheiro a mais de 15 anos.
O Forte Príncipe está com muita expectativa ansiedade para brilhar na Flor do Maracujá e promete dar um show de coreografia para mostrar toda a animação e alegria do povo cigano.
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