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VARIEDADES

Fruta da Amazônia chamada camu-camu reduz obesidade em ratos

Uma fruta nativa da Amazônia pode ser o novo superalimento da moda. Chamada camu-camu, ela retardou o ganho e peso em ratos que seguiam..

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Publicado: 31/08/2018 às 14h40min

Foto: Divulgação

Uma fruta nativa da Amazônia pode ser o novo superalimento da moda. Chamada camu-camu, ela retardou o ganho e peso em ratos que seguiam uma dieta rica em gordura e açúcar. De acordo com os cientistas, a descoberta sugere que o alimento poderia ter um papel no combate à obesidade. Mas nenhum teste foi realizado em humanos ainda.

A fruta pequena e redonda é rica em vitamina C e em polifenóis, antioxidantes naturais. “Nós demonstramos os efeitos benéficos de frutas ricas em polifenóis para a saúde em estudos anteriores”, disse o pesquisador André Marette, da Universidade Laval, no Canadá. “Foi isso que nos deu a ideia de testar os efeitos do camu-camu na obesidade e doenças metabólicas”.

O estudo, publicado no periódico Gut, foi conduzido em ratos de laboratório. Durante oito semanas, os animais foram alimentados com uma dieta muito rica em gordura e açúcar, enquanto um grupo de controle seguiu uma dieta mais saudável. Metade dos ratos na dieta gorda também recebeu um extrato de camu-camu.

No final do experimento, os camundongos que foram alimentados com a fruta amazônica ganharam 50% menos peso do que os ratos que não a consumiram. O perfil de ganho de peso dos animais que comeram camu-camu foi semelhante ao do grupo de controle.

Segundo cérebro em ação

Além do menor ganho de peso, os camundongos que foram alimentados com o extrato apresentaram melhor tolerância à glicose e sensibilidade à insulina, além de redução na concentração de toxinas no sangue e inflamação metabólica.

A equipe acredita que o extrato da fruta poderia ter causado um aumento no metabolismo de repouso, o que, por sua vez, levou a um menor acúmulo de gordura.

Mas a relação entre o camu-camu e o metabolismo está justamente nas bactérias no intestino. “Todas essas mudanças foram acompanhadas por uma reformulação da microbiota intestinal, incluindo uma floração de A. muciniphila e uma  redução significativa nas bactérias Lactobacillus”, diz Marette.

O próximo passo da equipe de pesquisa é descobrir se os efeitos em humanos são semelhantes e se, de fato, a frutinha ajuda na perda de peso.



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