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Editorial

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Publicado: 28/07/2020 às 07h32min

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Gasoduto volta a ser motivo de sonhos e projetos

O anúncio de que a Nova Lei do Gás, em tramitação no Congresso Nacional desde 2013, reascende a esperança de um novo ciclo econômico..

O anúncio de que a Nova Lei do Gás, em tramitação no Congresso Nacional desde 2013, reascende a esperança de um novo ciclo econômico para Rondônia. Para chegar nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul o gasoduto terá que passar por aqui, e uma ponta desse estoque ficará à disposição do estado. Há 30 anos o tema é debatido e muitos sonhos ficaram para trás em projetos não consolidados. Dos 1,2 mil quilômetros previstos, até hoje, somente foram construídos 276 quilômetros entre os municípios amazonenses de Urucu e Coari.

Os motivos para o mega-projeto não sair do papel foram muitos, porém fúteis para brecar uma obra de tamanha importância. Os US$ 300 milhões de dólares da execução inicial prevista para o projeto gerariam muitos empregos e proporcionaria um novo tipo ciclo empreendedor para a região. Do gás que sai do fundo da terra, grande parte vem sendo novamente injetado na mina, por que não tem para onde mandar. 

O gasoduto parou por interesses em comprar gás da Bolívia, gás da Venezuela, e porque o vizinho Amazonas temia uma expansão regional que poderia esvaziar a Zona Franca de Manaus. O que de fato interferiu, não tem como precisar, mas o certo é que o gás tem muita importância e é bem-vindo para ajudar na economia do nosso estado.

O gás serve para diversas coisas, principalmente como combustível para indústrias, casas e automóveis. É considerado uma fonte de energia mais limpa que os derivados do petróleo e o carvão, podendo ser utilizado em usinas termelétricas. Mas o gás é também matéria prima para diversos produtos industriais como o metanol, amônia e ureia. Serve ainda para produzir tipos de plástico muito utilizados. 

O volume de extração na Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas, é grande e atraente. Diariamente, em média, 40 mil barris de óleo de ótima qualidade, incluindo 1.200 toneladas de GLP (gás de cozinha). Com a construção do gasoduto, o volume pode ser ampliado porque haverá demanda de mercado. Com esse projeto, o Brasil terá menor dependência de importação, e Rondônia será um grande beneficiado com o produto chegando aqui. 


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