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Diário da Amazônia

Gato Billy está entre os 5 mil que recebiam Bolsa Família ilegal

Entre os que recebiam de forma fraudulenta o benefício destinado às famílias carentes estão vereadores, empresários e secretários.

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Publicado: 16/10/2019 às 17h08min | Atualizado 17/10/2019 às 11h38min

O governo federal promoveu um pente fino para detectar irregularidades no recebimento do Bolsa Família. Quem recebeu de forma indevida, vai ter que devolver o dinheiro. Os avisos de cobrança já começaram a ser enviados.

Mais de 5 mil beneficiários terão que devolver os recursos recebidos irregularmente. Com isso, mais de R$ 6 milhões serão devolvidos aos cofres públicos. Cartas de cobrança já começaram a ser enviadas, e se o dinheiro não for devolvido a pessoa terá seu nome inserido no cadastro de devedores. Hoje, mais de 13 milhões de famílias são atendidas com o Bolsa Família.

Em seu Twitter, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que entre os que receberam o “benefício de forma fraudulenta” estão vereadores, empresários e até um gato de estimação chamado Billy.

Na terça-feira (15), o presidente assinou uma Medida Provisória que cria o 13° do Bolsa Família. O benefício será pago a partir desse ano, com recursos oriundos do combate às fraudes e repasses indevidos do programa social.

Gato chamado Billy

Um gato de estimação fez parte, durante sete meses, da lista de beneficiários do Bolsa Família em Antônio João (300 km de Campo Grande), Mato Grosso do Sul.

O animal, chamado Billy, foi inscrito com nome, sobrenome e data de nascimento por seu dono, Eurico Siqueira da Rosa, coordenador local do programa do governo.

Billy tinha número de identificação social, cartão magnético e vinha recebendo todo mês o benefício do governo federal como complementação de renda.

A fraude foi descoberta durante a visita de um agente de saúde à casa do suposto beneficiário.

Recebido pela mulher do coordenador, o agente quis saber por qual motivo a criança Billy Flores da Rosa não havia sido levada para fazer a medição e a pesagem, exigidas para os cadastrados no programa.

A mulher estranhou a pergunta: “Mas o único Billy aqui é o meu gatinho”. O agente relatou o diálogo à prefeitura, que abriu sindicância e exonerou o coordenador do programa.

“Convocamos testemunhas e exigimos que o coordenador comprovasse a existência da suposta criança que ele cadastrou”, disse a secretária de Assistência Social do município, Neuza Carrillo.

Segundo a secretária de Trabalho, quando foi descoberto, o coordenador tentou, mas não conseguiu, alterar o nome de Billy no cadastro para “Brendo”, nome que remeteria a “Breno”, um suposto filho de Eurico Rosa.

O coordenador foi exonerado do cargo e respondeu processo.

Fonte: Noticia ao Minuto



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