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General Luciano Batista de Lima: “Conseguimos, reduzir 20% do desmatamento”

Durante entrevista ao Programa Léo Ladeia, pela Rede TV! Rondônia, o Comandante do Comando Conjunto Príncipe da Beira (CCj PB), General..

Publicado: 07/06/2020 às 10h17
Atualizado: 07/06/2020 às 10h24

Léo Ladeis entrevista General Luciano Batista de Lima (Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

Durante entrevista ao Programa Léo Ladeia, pela Rede TV! Rondônia, o Comandante do Comando Conjunto Príncipe da Beira (CCj PB), General Luciano Batista de Lima, falou sobre as ações da Operação Verde Brasil 2, com o principal objetivo de combater os crimes ambientais. Liderada pelo Exército Brasileiro, a Verde Brasil foi instituída por Decreto Presidencial e envolve diversas outras forças e instituições como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Ambiental, Forna Nacional de Segurança Pública, Ibama, ICMBio, Sedam e outras instituições. A 17ª Brigada de Infantaria de Selva (EB) que lidera a Operação aqui na região tem jurisdição em Rondõnia, Acre e Sul do Amazonas.

Diário da Amazônia: Como é feito o controle de uma fronteira tão ampla como a nossa?

General Lima: Nossa fronteira é enorme com ampla parte de água e de fronteira seca. Dentro do limite de até 150 quilômetros, temos o poder de polícia para o combate aos crimes fronteiriços e ambientais. O Exército Brasileiro tem um projeto estratégico interessante que o Sisfron, que mobiliará toda a fronteira com radares, veículos especiais, e todos os equipamentos necessários para a eficiência tecnológica de fiscalização e controle. A nossa jurisdição receberá os equipamentos já no ano que vem.

Diário: Como o Exército vem atuando na pandemia do novo coronavirus?

General Lima: Estamos integrando o Projeto Mapea Rondônia com 60 militares em todo o estado, juntamente com outras instituições, levando testagem do Covid-19. Nosso apoio tem base em seis cidades polos que redistribui as ações conforme a programação da Secretaria Estadual de Saúde. Outra ação é nacional que é a Operação Covid-19 juntamente com a Marinha do Brasil e Aeronáutica. Fizemos a desinfecção de diversos locais públicos como o Aeroporto Governador Jorge Teixeira, a Central de Polícia, os Correios, dentre outros. Ainda fizemos treinamentos para integrantes do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia.

Diário: Como está o andamento da Operação Verde brasil 2?

General Lima: O desmatamento é o combustível das queimadas e o foco da Operação Verde Brasil 2 é diminuir as derrubadas e, consequentemente, reduzirá as queimadas durante o período de estiagem. Existem dois tipos de desmatamento: aquele criminoso que é feito pela exploração ilegal de madeiras em áreas indígenas, reservas florestais e às margens das rodovias; e o outro é o desmatamento de subsistência para uso agrícola de comunidades tradicionais e indígenas, que não é agressivo ao meio ambiente. Temos muitas informações de satélites e juntamos os dados de inteligência para as ações de combate.

Diário: E os resultados já são percebidos?

General Lima: As Forças Armadas fazem a coordenação dando apoio logístico para o Ibama e outras instituições envolvidas para cumprir o papel fiscalizador. Juntamos as capacidades de cada um desses órgãos, o sistema de inteligência também é integrado, e, por isso, sabemos de tudo que vem ocorrendo nas áreas afetadas com o destamento ilegal na região. Já foram aplicadas multas em torno de R$ 25 milhões, 53 embarcações vistoriadas no rio Madeira, mais de uma tonelada de pescado ilegal, 150 quilos de Castanha-do-Brasil coletadas ilegalmente, e mais de 20 detenções. O importante é que existe a percepção da sociedade do que estamos fazendo, e isso, faz com que os criminosos ambientais se afastem do ilícito. Estudos apontam que em maio deste ano reduziu cerca de 20% o desmatamento se comparando ao mesmo período do ano anterior.

Diário: O que mais lhe surpreendeu aqui na região?

General Lima: Rondônia é um estado acolhedor. Estou a menos de um ano trabalhando aqui e já me sinto à vontade como se morasse a muito tempo. Aqui é fácil fazer parcerias com o Estado, municípios, outras instituições e até com a iniciativa privada. Esse bom relacionamento com o Exército Brasileiro vem desde os tempos remotos e se amplia sempre. Estamos aqui para contribuir e lutar juntamente com Estado em favor dessa gente.

Por Redação Diário da Amazônia

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