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Diário da Amazônia

Gestores aplicam menos recursos na saúde

Pimenteiras do Oeste, no Sul de Rondônia, foi o que mais investiu na saúde de cada habitante durante o ano de 2017 e o município de..

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Publicado: 22/01/2019 às 06h00min | Atualizado 22/01/2019 às 15h34min

Pimenteiras do Oeste, no Sul de Rondônia, foi o que mais investiu na saúde de cada habitante durante o ano de 2017 e o município de Machadinho, no Oeste do Estado, foi a cidade que menos investiu. O levantamento divulgado ontem pela Agência Brasil foi feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e revela o valor médio aplicado por gestores municipais com recursos próprios em Ações e Serviços Públicos de Saúde declaradas no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).

Segundo o levantamento, Pimenteiras investiu R$ 1.265,71 na saúde de cada habitante, enquanto Machadinho R$ 155,00. Em segundo lugar aparecida o município de Rio Crespo (R$ 813,32), seguido por Castanheiras (R$ 742,31). Porto Velho, a capital de Rondônia, aplicou R$ 320,00 na saúde da população, conforme informações transmitidas ao Siops.

De acordo com os números, municípios menores, em termos populacionais, arcam proporcionalmente com uma despesa per capita maior. Em 2017, nas cidades com menos de 5 mil habitantes, as prefeituras gastaram em média R$ 779,21 na saúde de cada cidadão – quase o dobro da média nacional identificada. É natural que Porto Velho invista um valor pequeno no setor de saúde. O crescimento populacional desenfreado acabou trazendo prejuízos à saúde da população.

O volume de recursos repassados aos municípios com base nos números do IBGE, muitas das vezes não é o suficiente para atender a demanda da população. Além do repasse pífio, municípios ainda enfrentam problemas com a falta de estrutura nas unidades de saúde para atender a população.

Mas o alto investimento dos pequenos municípios não é motivo de comemoração. Um levantamento feito recentemente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) mostrou um número elevado de pacientes grávidas que residem no interior e vêm à capital em busca de um tratamento de alta complexidade. Segundo a Sesau, esse percentual chega a 50%, em um total de 3,6 mil por ano no centro obstétrico do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho.
No estudo produzido pela equipe da Sesau foi constatado que a maioria dos municípios não oferece um acompanhamento ideal para as grávidas com exames que poderiam apontar outros problemas de saúde à mãe e o bebê. Revelou ainda que boa parte das gestantes chega ao Hospital de Base, em Porto Velho, com problemas infecção urinária, diabetes e hipertensão arterial. São doenças que poderiam ser evitadas, caso tivessem um acompanhando de perto.

O Estado ainda continua recebendo uma grande demanda dos problemas na área de saúde e sempre precisará do apoio do governo federal.



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