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Diário da Amazônia

Governo anuncia crédito de R$ 40 bilhões para financiar salário em pequenas e médias empresas

Para ter acesso ao crédito, empresas precisam se comprometer a não demitir

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Publicado: 27/03/2020 às 12h47min | Atualizado 27/03/2020 às 12h48min

Nesta sexta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou a criação de uma linha de crédito para pequenas e médias empresas pagarem salários de seus funcionários. Serão consideradas empresas com faturamento anual entre R$ 300 mil e R$ 10 milhões.

No total, a linha de crédito será de R$ 20 bilhões por mês durante dois meses, totalizando R$ 40 bilhões. Para ter acesso, a empresa deve se comprometer a não demitir. O comprometimento estará previsto em contrato.

O dinheiro será depositado diretamente pelo CPF do trabalhador. As empresas terão 6 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo, e a taxa anual será de 3,75% ao ano.

“O dinheiro vai direto para as folhas de pagamento, então a empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai cair direto no CPF do funcionário. A empresa fica só com a dívida”, disse Campos Neto.

O valor disponibilizado será limitado a dois salários mínimos por funcionário, de acordo com o Banco Central, e a operação será feita via BNDES. A empresa beneficiada ainda poderá optar por complementar o valor oferecido.

De acordo com Gustavo Montezano, presidente do BNDES, a operação envolve o Tesouro, o BNDES, os bancos privados e o Banco Central. “O Tesouro aplica o subsídio e fica com as perdas e ganhos da operação. O BNDES opera os recursos do Tesouro, que vai passar para os bancos privados. Os bancos privados vão colocar 15% do seu bolso. Quem opera é o banco privado”, disse.

Trabalhadores autônomos

Durante a coletiva, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, falou sobre o auxílio de R$ 600 para trabalhadores autônomos aprovado ontem (26) pela Câmara dos Deputados. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado Federal.

Segundo ele, uma vez aprovado, o benefício deverá ser liberado de forma escalonada, em um modelo semelhante ao do saque de contas inativas do FGTS. “Provavavelmente faremos um escalonamento para evitar que todos compareçam às agências no mesmo dia e na mesma hora, gerando aglomeração.”

Fonte Revista PEGN



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