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Diário da Amazônia

Governo Argentino copia modelo econômico de Paulo Guedes

O peronista Alberto Fernández de centro-esquerda aplicará as medidas liberais que foram tentadas pelo governo anterior de Maurício..

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Publicado: 23/12/2019 às 10h54min | Atualizado 24/12/2019 às 08h53min

O peronista Alberto Fernández de centro-esquerda aplicará as medidas liberais que foram tentadas pelo governo anterior de Maurício Macri. Fernández e sua vice Cristina Kirchner foram ferozes críticos durante a campanha presidencial de 2019 contra Macri, porém usaram a “mesma receita do bolo”.

1. Em apenas 10 dias …
Foram apenas 10 dias para que o presidente Alberto Fernández aprovasse no Congresso, medidas de contenção severas de gastos. O modelo foi projetado no governo de Direita do Brasil do ministro Paulo Guedes. Presidente declarou em pronunciamento à Nação Argentina que está iminente o calote de 2001 se repetir no primeiro trimestre de 2020 (default) em sua pior crise econômica da história.
O presidente, eleito por críticas ao modelo Macri (direita) de governar, adotou severas medidas que vai desde cancelamento e redução de aposentadorias, congelamento de salários, taxação de produtos agrícolas e industriais e aumento de impostos.
A votação do pacote emergencial de medidas para salvar a economia argentina, ocorreu nesse sábado (21) e foi tensa. Foram mais de 12 horas seguidas de bate boca e discussões entre os deputados e senadores, porém o consenso foi o de atender o pedido emergencial do Governo Fernández e aprovar o pacote.
2. A vice Cristina Kirchner, feroz crítica do modelo liberal de Macri, agora apoia.
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que também preside o Senado, comemorou o pacote copiado de Paulo Guedes, ministro da economia do Brasil (em partes) e parece ter se esquecido das críticas ao governo de Macri, seu antecessor, que tentou aprovar o mesmo pacote e foi barrado pela oposição no Congresso entre 2016 e 2018. A atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que governou o país antes de Macri (2011-2015) foi a grande responsável pela crise econômica instalada.
O partido Juntos pela Mudança, liderado pelo ex-presidente Macri foi contra a aprovação do pacote. A maneira como foi introduzido, às pressas e sob pressão, foi o motim da não aceitação pela oposição ao governo de esquerda da Argentina, comandado pela dupla Fernández-Kirchner.
3. Argentina repetirá o calote de 2001, avisa sublimemente o presidente.
A inflação na Argentina é a maior dos países emergentes, com 50% anuais. Somado a crise que se avoluma desde 2001 com intervalos pequenos será muito difícil o governo peronista de centro- esquerda de Fernández- Kirchner não aplicar o calote, repetindo 2001. O país registra uma queda de 3,1% no PIB em 2019, uma inflação anual de 55% e uma dívida de quase 90% do PIB. “O nível de decadência em que estamos é muito grande… em dois anos a Argentina ficou endividada de uma maneira impactante”, disse o presidente.
A dívida é calculada em US$ 330 bilhões, o que inclui desembolsos do FMI por US$ 44 bilhões.
Calote em breve!



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