Pelo 5º dia seguido, caminhoneiros fazem manifestações em 24 estados e no Distrito Federal. Em Rondônia, a paralisação dos caminhoneiros entra no quarto dia de protestos contra o preço do combustível. Os atos desta sexta-feira (25) dão continuidade à mobilização contra a disparada do preço do diesel, que faz parte da política de preços da Petrobras em vigor desde julho de 2017.
Na noite de quinta-feira (24), o governo federal e representantes de caminhoneiros anunciaram proposta para suspender a greve por 15 dias.
Na noite de quinta, o governo federal anunciou uma proposta para suspender a greve por 15 dias, após uma reunião de mais de seis horas com representantes de entidades de caminhoneiros.
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eduardo Guardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Transportes) assumem os compromissos de zerar o Cide e fazer com que a Petrobrás mantenha a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias durante 30 dias.
Em Rondônia, mesmo após negociação com o governo, manifestantes permanecem com mais de dez bloqueios na BR-364, BR-421 e Estrada do Belmont.
Abaixo, o Diário da Amazônia lista as principais consequências e, logo depois, detalha os impactos em cada setor e na região.
Em razão da greve dos caminhoneiros que paralisaram o transporte e o consequente bloqueio nas bases de distribuição, o abastecimento nos postos do país está comprometido.
A falta de gasolina e diesel em alguns estabelecimentos gerou mais movimento nos postos e, com o aumento da demanda, o estoque de alguns postos se esgotaram antes do previsto.
A situação está crítica, principalmente na cidade Porto Velho, em que a frota de ônibus corre o risco de ficar paralisada pela falta de diesel, conforme alertou o Consórcio SIM e vários postos já estão sem combustível.
Em alguns pontos do Estado, o protesto recebeu apoio de outras categorias como motoristas de aplicativos e vans escolares.
A prefeitura de Porto Velho, decretou ponto facultativo e informou que irá manter os serviços essenciais diretamente ligados à saúde como Atendimento Médico Móvel (Ambulâncias e Samu), uma vez que a vida é o bem mais precioso.
A empresa Consórcio SIM, que administra o transporte coletivo em Porto Velho, alertou que a qualquer momento os ônibus podem parar pela falta do combustível.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Rondônia (Sindipetro), noventa por cento dos postos já foram fechados por falta de combustível.
Segundo a assessoria da Eletrobras Distribuição Rondônia, em 16 localidades o fornecimento de energia está sendo racionado. Por causa dos bloqueios nas estradas de todo o Estado de Rondônia o fornecimento de óleo diesel a Usinas Termoelétricas foi interrompido em pequenos municípios e distritos.
A PRF confirmou 14 pontos de bloqueio em dez municípios ao longo da BR 364, rodovia federal que corta o Rondônia.
Confira os pontos de bloqueio em Rondônia nesta sexta-feira (25):
BR-364
Candeias do Jamari: km 694
Ariquemes: km 514
Jaru: km 423
Ouro Preto do Oeste: km 387
Ji-Paraná: km 336
Presidente Médici: km 305
Cacoal: km 274
Cacoal: km 234
Pimenta Bueno: km 191
Vilhena: km 27
Vilhena: km 6
BR-421
Ariquemes: km 1
Ariquemes: km 3
Montenegro: km 50
Alvorada do Oeste: km 85
São Miguel do Guaporé: km 165
Estrada do Belmont
Porto Velho: Bloqueio está sendo feito em frente a distribuidora de combustíveis.
Governo e representantes de caminhoneiros anunciam acordo para suspender greve
Mesmo assim, protestos seguem em AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RS, SC, SE, SP e TO
Problemas de desabastecimento de combustíveis e de alimentos seguem
Aeroporto de Brasília diz que reserva de combustível acabou
Pelo menos 13 voos foram cancelados no país, segundo a Infraeo