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Diário da Amazônia

Nova União: Grupo Sem Terrinha faz reivindicações

Brincadeiras, troca de experiências e uma extensa pauta de reivindicações, assim foi a programação do Dia das Crianças para 130..

Por Portal SGC
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Publicado: 14/10/2014 às 15h54min | Atualizado 28/04/2015 às 11h05min

Depois de uma audiência na Câmara, os Sem Terrinha realizaram uma caminhada pelas principais ruas de Nova União

Depois de uma audiência na Câmara, os Sem Terrinha realizaram uma caminhada pelas principais ruas de Nova União

Brincadeiras, troca de experiências e uma extensa pauta de reivindicações, assim foi a programação do Dia das Crianças para 130 meninos e meninas, entre 9 e 13 anos, que vivem em três assentamentos dos municípios de Nova União e Mirante da Serra.

Os Sem Terrinha, como se auto-intitulam as crianças que vivem em assentamentos e acampamentos de reforma agrária, ficaram alojados nos dias 10 e 11 na Escola Paulo Freire, do Assentamento Palmares, município de Nova União, e puderam vivenciar uma programação lúdica, mas recheada de conceitos de cidadania e lutas por direitos.

No dia 11, tiveram uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Nova União, para a qual foram convidados os prefeitos, vereadores, e os secretários de educação e saúde de Mirante da Serra e Nova União, pois os três assentamentos estão nas áreas de abrangência destes municípios. Na audiência participaram apenas uma vereadora, o prefeito e a secretária de educação de Nova União que ouviram as reivindicações apresentadas por três crianças.
Apesar de ter participado apenas do início da audiência, o prefeito de Nova União, José Silva, disse que eventos como este são importantes para a formação política das crianças, que aprendem desde cedo o conceito de cidadania.

Na pauta de reivindicações estavam a construção de uma escola, organização e funcionamento dos laboratórios de informática, contratação de monitores para os ônibus escolares, aquisição de imobiliário para as escolas, acesso a serviço odontológico para os alunos e funcionários, atendimento adequado a alunos especiais e seus familiares, entre outras necessidades. Também foram denunciados crimes ambientais nas reservas dos assentamentos e o repúdio ao projeto de ensino a distância para a área rural.

A aluna da escola Paulo Freire, M.S., de 9 anos, contou que gostou muito de estar com mais crianças de sua idade que vivem a mesma realidade. “Aqui posso aprender brincadeiras novas e também saber as dificuldades que meus amiguinhos passam na escola e no assentamento onde vivem”. A educadora Nair Dávila, atuante há 18 anos na Escola Paulo Freire, acredita que este encontro entre as crianças, de diferentes assentamentos, ajudam a reforçar suas raízes e a união entre elas. “Momentos como estes fazem com que estes alunos entendam sua história e aprendam a valorizá-la”, afirmou a educadora.

Depois da audiência na Câmara os Sem Terrinha realizaram uma caminhada pelas ruas principais de Nova União, onde puderam expor para a população as suas reivindicações. (AI)



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