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Editorial

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Publicado: 10/09/2019 às 12h20min | Atualizado 10/09/2019 às 12h21min

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Hidrovia seca prejudica transportes e população paga o preço

O Rio Madeira está chegando naquela fase de seca complicada que afeta a navegação. Os blocos de areias e os pedrais atrapalham a..

O Rio Madeira está chegando naquela fase de seca complicada que afeta a navegação. Os blocos de areias e os pedrais atrapalham a passagem das embarcações. Os capitães precisam redobrar a atenção para não deixarem as embarcações enroscadas ou rachar o casco. A cada verão isso se repete e a hidrovia do rio Madeira, principal canal para exportações de grãos do Oeste brasileiro, continua com as dificuldades peculiares que poderiam ser resolvidas com a dragagem constante.

Assim como as rodovias precisam anualmente de manutenção, as hidrovias também necessitam de cuidados. Seus leitos tem que ser desobstruídos para a navegação acontecer sem interferência. O rio Madeira é composto de muitos sedimentos arrastados pelas águas turvas, que decantam no leito e muda os canais de navegação a cada ano. Os recursos para esses serviços de dragagens deveriam ser previstos considerando o fenômeno recorrente. Navegar nesse rio não é para qualquer marinheiro. Correnteza forte, água escura, pedrais enormes e os blocos de areias que se formam de acordo com as condições do rio.

Essa hidrovia tem muita importância econômica para a região. Toda exportação de grãos de Mato Grosso, Rondônia, Acre e Sul do Amazonas passa por essa via para chegar ao oceano Atlântico. É pelo rio Madeira que vem para o Oeste os combustíveis que abastecem as frotas da região. Serve ainda como caminho para as embarcações de transportes de passageiros até Manaus, para levar alimentos, e muitas outras cargas. Diante da dimensão do fluxo, a hidrovia merece atenção especial para não deixar as populações desabastecidas e pagando caro pelo que vai ou vem.

Nessa semana alguns postos de combustíveis já apresentaram baixas nos estoques. As balsas transitam com menor volume dos produtos para conseguir passar nos pontos críticos. Com isso a oferta de produto diminui e os preços aumentam, naquele velho ponto em que se insiste o mercado de que, quando há menor oferta; maior preço. Combustíveis exercem fortes influências na economia, e a consequência pode ser reajustes gerais devidos aos valores de fretes sobre produtos.

Ontem a tarde já houve registros de falta de combustíveis em Porto Velho e alguns municípios do interior de Rondônia e no também no Acre, onde o litro de gasolina foi encontrado ao valor de R$ 5,80 o litro. Esperamos que não venham tirar proveito da situação e transferir a carga do custo ao cidadão que nada tem a ver com isso.


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