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Diário da Amazônia

História da Banda do Vai Quem Quer

Era um sábado, janeiro de 81. No Bar do Casimiro discutiam acaloradamente: Manoel Mendonça – Manelão -, Narciso Freire, Antônio Edson..

Por Silvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 05/02/2019 às 07h34min

Era um sábado, janeiro de 81. No Bar do Casimiro discutiam acaloradamente: Manoel Mendonça – Manelão -, Narciso Freire, Antônio Edson – Neném -, Silvio Santos, Paulo Queiroz, Evamar Mesquita, Emil Gorayeb Filho – Emilzinho -, Claudio Carvalho, Eliana e Lica (as únicas mulheres). O motivo era o não pagamento das despesas da Corte do Rei Momo, Manelão 1º & Único, no carnaval de 1.980, por parte da Comissão de Carnaval da Prefeitura de Porto Velho. O tom elevado da discussão atrapalhava o atendimento no Bar, o que levou Casimiro a expulsar os carnavalescos. Dirigiram-se todos então, ao Bar Chopão, que ficava na esquinas das ruas José Bonifácio e Duque de Caxias.

Retomados os debates, Emilzinho sugeriu: “Por que não criar uma banda nos molde da Banda de Ipanema do Rio de Janeiro?” Ideia imediata e unanimemente aceita. Nova discussão acalorada, agora para escolher o nome da Banda. Naquela altura, Manelão já cansado de tanta discussão dormia na cadeira, em virtude do consumo muitas garrafas de pinga, uísque e cerveja. Mais uma vez Emilzinho pontificou: “Se queremos fazer um carnaval para todo mundo se divertir de verdade, sem a preocupação de desfile oficial, organizadinho, acho que devemos chamá-la Banda do Só Vai Quem Quer”. Mais uma vez, todos aprovaram, e somente após mais algumas horas de muita cachaça e cerveja, a turma resolveu que já era hora de cada um tomar seu rumo.

Terça-feira o jornal O Guaporé publicou a seguinte Manchete: Porto Velho Vai ter sua Banda – e na linha de apoio – Empresário Manelão do Chaveiro Gold assume coordenação da Banda do Só Vai Quem Quer. Ao ler a matéria Manelão se apavorou e para preservar o nome da sua empresa “Chaveiro Gold” resolveu assumir a confecção das camisetas que foram feitas numa fábrica da cidade de Campinas em São Paulo.

Apenas 500 camisetas foram colocadas à venda no primeiro desfile da Banda. A arte das camisetas foi uma criação do artista plástico e arquiteto João Otávio Pinto.

Narciso Freira um dos maiores incentivadores da Banda, como chefe do Silvio Santos no Cartório de Imóveis o intimou a compor a marchinha “Hino da Banda” (chegou a Banda, a Banda, a Banda. A Banda do Vai Quem Quer…) que foi gravada apenas em 1984 pelo cantor Babá.

A Banda do Vai Quem Quer que saiu do Chopão em seu primeiro ano com apenas 500 foliões retornou com aproximadamente 5 MIL. Hoje leva todo sábado de carnaval pelas ruas da cidade, mais de 100 MIL foliões.

Quem comanda a Banda do Vai Quem Quer em 2019 é a filha do General Manelão Sicilia Andrade, a Siça.
Manelão faleceu dia 28 de fevereiro de 2011 em Porto Velho.

A concentração começa às 12h na Praça das Caixas D’água. À solenidade de abertura do desfile com palavra das autoridades, Siça abre o 39º Desfile da Banda do Vai Quem Quer.



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