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Diário da Amazônia

Humanos fazem o trânsito desumano

Por si só o trânsito não consegue ser desumano sem a participação direta dos próprios humanos. Isto porque é ação dos humanos que..

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Publicado: 12/01/2019 às 06h00min

Divulgação

Por si só o trânsito não consegue ser desumano sem a participação direta dos próprios humanos. Isto porque é ação dos humanos que transforma o trânsito num cenário caótico, violento e destruidor. Em Porto Velho e Ji-Paraná, as duas maiores cidades de Rondônia, os dados assustam, principalmente quando analisados do ponto de vista crítico, sensato e ético, ponderando-se sobre as reais circunstâncias em que os acidentes costumam acontecer.

Em Porto Velho, a capital do Estado, a maioria dos acidentes normalmente acontece por conta da imprudência e da irresponsabilidade por parte de condutores (motoristas e motociclistas) e da falta de atenção de pedestres. O trânsito tem se transformado num cenário devastador onde tem predominado o desrespeito entre condutores. Esse desrespeito tem sido decisivo para que o trânsito sofra as consequências das ações inconsequentes de quem, na verdade, deveria atuar para que houvesse respeito mútuo.

Na capital, o Pronto Socorro João Paulo Segundo fica sobrecarregado pela onda de violência, mas, de uma forma especial, por conta dos acidentes de trânsito. Ou seja, humanos que transformam o trânsito num cenário desumano e assustador. Campanhas preventivas são realizadas com o objetivo de sensibilizar os condutores, que permanecem insensíveis. Existe a necessidade de uma conscientização mais consistente para que, pelo menos, os índices de acidentes sejam reduzidos e haja menos morte nas ruas e avenidas.

Em Ji-Paraná, relatório estatístico do Grupamento do Corpo de Bombeiros, informa que em 10 vias urbanas da cidade foram registrados 618 acidentes de trânsito. Os dados apontam que a maioria dos acidentes costumam ser registrados com maior frequência nos horários de pico. Mesmo diante dessa estatística, o capitão dos Santos, do Grupamento do Corpo de Bombeiros, diz que houve um pequeno recuo no número de acidentes na segunda maior cidade rondoniense.

O que se percebe é que a imprudência tem sido um fato agravante em todo esse processo. Motoristas insistem em falar ao telefone celular e dirigir ao mesmo, fato que normalmente contribui para o agravamento da situação. Ou as pessoas dirigem, ou falam ao celular. As duas coisas juntas ameaça a segurança de quem dirige e de outras pessoas, sejam pedestres ou outros motoristas.

Ou os condutores se conscientizam de que são protagonistas no trânsito, e como tal precisam ser responsáveis, ou o trânsito continuará a ser considerado desumunado, por conta exclusiva de quem dele se utiliza, diariamente, e de quem depende para ser humano. São os humanos que fazem o trânsito desumano.



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