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Diário da Amazônia

Jirau, Santo Antonio e Belo Monte receberam R$ 42,9 bi do BNDES

As grandes usinas hidrelétricas estruturantes do Norte do país receberam R$ 42,9 bilhões em recursos do BNDES entre 2004 e 2018, de..

Por Valor Econômico
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Publicado: 18/01/2019 às 16h49min

Usina de Belo Monte, no Pará

As grandes usinas hidrelétricas estruturantes do Norte do país receberam R$ 42,9 bilhões em recursos do BNDES entre 2004 e 2018, de acordo com a lista dos 50 maiores tomadores de recursos da instituição, publicada hoje no site do banco.

A Norte Energia, concessionária da megausina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), tomou R$ 25,4 bilhões em recursos, e ocupa sozinha o terceiro lugar entre os maiores tomadores de recurso do BNDES.

A Eletrobras tem 49,98% de Belo Monte, que também tem como sócios a Amazonia Energia (Cemig e Light), com 9,7%, a Neoenergia, com 10%, a Aliança Energia (Vale e Cemig), com 9%, e os fundos Petros e Funcef, que somam 20% de participação.

Originalmente, previa-se que a construção do empreendimento, que terá potência total de 11,2 gigawatts (GW), custaria o total de R$ 19 bilhões em investimentos e ficaria pronta em 2015. Diversos problemas, contudo, adiaram a construção da usina, que deve entrar em operação totalmente apenas no fim deste ano.

As usinas do complexo do rio Madeira (RO), Santo Antonio e Jirau, completam os R$ 42,9 bilhões em recursos tomados do BNDES durante o período.

A Energia Sustentável do Brasil, concessionária de Jirau, tomou R$ 9,4 bilhões. A companhia tem como sócias a Eletrobras, com 40%, a francesa Engie, também com 40%, e a japonesa Mitsui, com 20%.

Mais problemática que sua vizinha de rio, a Santo Antonio Energia levou outros R$ 8,125 bilhões em recursos do BNDES. Enfrentando diversos problemas financeiros, a usina tem como sócios Furnas, com 42,46%, Cemig, com 8,63 em participação direta e outra indireta por meio da Saag (Cemig e Andrade Gutierrez), que tem 10,61%, e a Odebrecht, que tem participação total de 28,4% no empreendimento, entre direta e indireta.

Além das usinas estruturantes, também se destaca na lista do BNDES a Eletronuclear, subsidiária integral da Eletrobras, que tomou R$ 6,181 bilhões do banco no período.

Por fim, a Rio Xingu Transmissora de Energia, controlada pela chinesa State Grid, tomou R$ 5,214 bilhões. A empresa é concessionária do segundo linhão de Belo Monte.



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