Os rios, riachos e sangas, em Rondônia estão jogando água pra fora, com prejuízos incontáveis para produtores os rurais, que além dos lamaçais nas estradas vicinais estão enfrentando queda de pontes e cabeceiras de bueiras destruídas correntezas. Em Cacoal, de acordo com o jornalista, Adair Perin, a situação é crítica nas áreas rurais com as águas destruindo as estradas que mesmo cascalhadas e recuperadas não resistem o impacto das chuvas.
Os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim estão enfrentando dificuldades, uma vez que ás águas já cobre a ponte do Ribeirão na BR 425. O município de Nova Mamoré o maior produtor de leite no Estado de Rondônia (120 mil litros/dia), não consegue escoar toda a produção até os laticínios. Muitos agricultores estão perdendo uma parte significativa de toda a produção de leiteira. Sem contar outros produtos, como fruti-hortigranjeiros e pequenos animais.
Enquanto as laminas de águas começam a cobrir a BR 319, que liga Porto Velho a Manaus capital do Amazonas, os serviços de meteorologias na Bolívia e Peru, alertam que as chuvas devem continuar nos Andes despejando todo o torrencial liquido, nos Rio Beni, Mamoré, Guaporé e finalmente no Madeira, que já atingiu a cota máxima.
Na região central do Estado, nos distritos do baixo Madeira, nas áreas rurais de Nova Mamoré com as águas cobrindo os tanques de peixes em cativeiros quebrando os barrancos de proteção os tambaquis, pirarucus entre outros, se mandam acompanhado a correnteza ajudando a engrossar os prejuízos.
O governo federal tem uma divida social com mais de 100 mil famílias de agricultores que na década de 1970 acreditaram nas promessas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), quando assumiram a bandeira de Rondônia para transformar terras inóspitas em produtivas, mas até hoje passados mais de meio século, mesmo produzindo e gerando riquezas, ainda ostentam o título de invasores.
Na 8ª Rondônia Rural Show, nas tendas das agroindústrias, não faltará doces, compotas, salame, morcilha, queijos, provolone, lingüiças defumadas entre tantas iguarias com sabor caseiro. O visitante que saborear um pedacinho de cada produto em demonstração com certeza não vai almoçar o jantar deixará o evento de barriga cheia.
O apicultor de Vilhena, Virgilio Pozzebon, telefonou para a coluna informando que o “Mel Colonial” produzido por suas colméias começou a ser comercializado em São Paulo, no município de Campinas e que está em negociação com uma rede de supermercados em Porto Alegre. Isso enche a gente de alegria ao saber que os produtos de Rondônia estão indo cada vez mais longe.