A jovem mãe Thays Almeida Silva, de 18 anos, foi morta com um tiro na testa, na frente da sua filha de quatro anos, na última sexta-feira (17), no bairro Bom Jesus, em Diamantino (201 km de Cuiabá). O ex-namorado Entony Enrique Ferreira da Silva Félix, de 18 anos, não aceitava o fim do relacionamento e é o principal suspeito.
A Polícia Militar foi chamada, para atender o caso de uma jovem que teria recebido disparos de arma de fogo na cabeça. Na residência, Thays foi encontrada caída no quintal, com vida e encaminhada ao Pronto-Atendimento da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, familiares da garota relataram ter visto o momento em que Entony chegou à casa da jovem, logo em seguida foi ouvido o barulho do disparo. A filha da vítima estaria presente no momento do tiro.
O ex-companheiro fugiu sentido à BR-364. Policiais fizeram a busca do suposto autor, que foi visto por várias testemunhas, porém não conseguiram localizá-lo.
De acordo como relato, Entony possuía um comportamento possessivo e ciumento, proibia Thays de conversar com suas amigas, um dos motivos que levou ao término do relacionamento.
Um aparelho celular da vítima foi apreendido pelos policiais e deve auxiliar nas investigações da Polícia Civil.
Violência contra a mulher
Dados elaborados pela Delegacia de Defesa da Mulher apontam que 3.054 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência ao longo de 2018, em Cuiabá. Isso equivale a mais de oito mulheres agredidas, espancadas, estupradas e até mortas, por dia, na Capital.
O levantamento mostra que, em média, 254 mulheres sofreram algum tipo de violência por mês. O período com maior incidência foi o mês de junho, quando 263 casos envolvendo mulheres, como vítimas, foram registrados em Cuiabá.
Denúncie
A Secretaria Nacional de Políticas oferta, desde 2005, a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, no disque 180, para denúncias de violência contra mulher amparadas na Lei Maria da Penha.
É um serviço de utilidade pública, gratuito e confidencial (preserva o anonimato). O Ligue 180 tem como objetivo receber as queixa, orientar as vítimas, acionar a Segurança Pública e, se necessário, as encaminhar para outros serviços.