Advogados foram flagrados com cartas de facção para apenados
Dois procedimentos distintos para um mesmo caso demonstra o viés que um caso pode ter na visão da Justiça e na visão da categoria: essa distinção fica evidente no posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil no caso dos dois advogados presos em flagrantes acusados de serem ‘pombos correio’ de uma facção criminosa em Porto Velho.
No material que divulgou para anunciar que determinou apuração disciplinar contra os advogados Elvis Alves dos Santos e Gabriel Martins Monteiro, a OAB ressaltou que pugnou pelo cumprimento da prisão em flagrante no regime domiciliar.
Já na audiência de custódia, na tarde desta segunda-feira, 3, o juiz não os liberou. Ele considerou que o flagrante já havia sido homologado pelo magistrado plantonista, no sábado.
Elvis Alves dos Santos, 29 anos, e Gabriel Martins Monteiro, 24 anos, são acusados de repassarem informações de uma facção criminosa para um detento no presídio Milton Soares Carvalho (470), em Porto Velho. Eles foram flagrados na sexta-feira (31), quando tentavam entregar cartas a um integrante de facção criminosa recolhido aquele estabelecimento prisional.
A Terceira Vara Criminal da Capital já recebeu o pedido de liberdade provisória impetrado pela defesa dos dois advogados. Nesta terça-feira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO), Elton Assis, determinou a instauração de processo disciplinar para apurar a conduta profissional dos advogados.
