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PLANTÃO DE POLÍCIA

Juri absolve acusados de estuprar Nayara Karine

A sentença, com a decisão do júri, foi lida pelo juiz Enio Salvador Vaz, às 19h40.

Por Redação Diário da Amazônia e A.I.
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Publicado: 16/05/2019 às 21h48min

Divulgação

Depois de dois dias de julgamento foi encerrado, nesta quinta-feira (16), o segundo júri do caso Nayara Karine, estudante de jornalismo morta e estuprada em janeiro de 2013. Os réus, já condenados pelo crime assassinato da acadêmica foram absolvidos pelo Conselho de Sentença pelo crime de estupro.

No julgamento anterior, realizado em 31 de março de 2016, eles já haviam sido considerados inocentes por esse crime, mas considerados culpados pela morte. A condenação por assassinato foi confirmada pelo STJ e STF. Richardson teve a pena mantida em 14 anos e Francisco Plácido teve a pena reduzida, no STJ, de 9 anos para 7 anos e seis meses.

A sentença, com a decisão do júri, foi lida pelo juiz Enio Salvador Vaz, às 19h40.

Debates

O segundo dia de julgamento do caso Nayara foi marcado por debates acirrados. De um lado o Ministério Público, representado pelo promotor Elias Chaquian Filho e assistidos por dois advogados, Gustavo Dandoline e Giuliano Viecili. Eles defenderam a tese de que os acusados participaram do crime de estupro coletivo contra a vítima Nayara Karine da Costa.

A defesa lamentou o crime bárbaro, que merece punição severa, porém não para os acusados Richardson Bruno Mamede das Chagas e Francisco da Silva Plácido, que, segundo os advogados, seriam inocentes. Plácido estaria longe da cena do crime, a 12km de distância, conforme alegaram nos debates. Já no caso de Richardson, indiciado por causa de uma moto, a defesa alegou que era de outro acusado, Marco Antônio, o verdadeiro autor dos crimes. Sustentaram, ainda, que “quem deveria ser denunciado não foi, uma vez que se trata de gente poderosa”.

Os argumentos acabaram convencendo o Conselho de Sentença, que absolveu os acusados do crimes de estupro contra a estudante.

Crime em 2013

Naiara Karine foi morta no dia 24 de janeiro de 2013, após sofrer um estupro coletivo praticado por, pelo menos, quatro homens. O corpo da jovem de 18 anos, que cursava jornalismo, foi encontrado em uma estrada conhecida como Linha 15 de Novembro, na Zona Rural da capital rondoniense.

Ela foi assassinada com vários golpes de faca e, segundo as investigações, sofreu violência sexual. O localizador do celular de Naiara ajudou a polícia a chegar ao local do crime horas depois de ter sido dada como desaparecida. Após um mês de investigações, a Polícia Civil caracterizou o crime como sequestro, estupro e homicídio.



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