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Cidades

Justificativa no aumento do preço da energia não convence

Só as usinas do Rio Madeira geram energia para abastecer duas vezes o consumo interno

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Publicado: 21/02/2019 às 10h58min

Com aumento na conta de energia elétrica pela Energisa, a pergunta que não quer calar tem sido a justificativa informada pela empresa para o aumento, algo que não convenceu em casa.

No rio madeira estão as duas maiores hidrelétricas do Brasil Santo Antônio e jirau respondem juntas por 7.318 mW. Energia suficiente para abastecer duas vezes o consumo interno.

Além dessas empresas, o estado conta ainda com Samuel, responsável pelo abastecimento de metade dos 52 municípios rondonienses.

As empresas poderiam ser motivo de orgulho para o usuário, mas infelizmente não tem sido isso que as ruas respondem. A insatisfação está justamente aqui: na conta de energia elétrica que aumentou 24,75% em residências e 27,12% na energia de alta-tensão.

Na semana passada o aumento na conta de energia elétrica tirou o rondoniense do sério. Para reivindicar seus direitos as ruas viraram cenário da indignação. De norte ao sul a palavra de ordem foi à redução no aumento da energia elétrica pela Energisa.

De acordo com a empresa o reajuste não viola nenhuma lei. A estatal ainda associou o encargo à geração de energia elétrica que teria ficado mais cara nos últimos meses.

Atualmente, 23 tributos e pelo menos 13 encargos incidem sobre o setor de energia elétrica brasileiro. Segundo especialistas, desmandos do governo ao longo dos últimos anos podem ser apontados como as causas desse fenômeno. No comparativo internacional, o fardo tributário no Brasil é um dos maiores do mundo, permanecendo atrás apenas da Dinamarca e da Alemanha em 2016.

O que também implica são os problemas estruturais. A empresa Energisa que venceu o leilão sobre a Eletrobrás no ano passado é apontada por representantes das hidrelétricas, como sem estrutura para receber a energia produzida pelas empresas. Questionado sobre isso, o diretor presidente do grupo, discorda.

O aumento da energia elétrica anunciado pelo grupo Energisa estava em vigor desde o último dia 13 de dezembro, após ter sido aprovado pela agência nacional de energia elétrica. Mas uma ação civil pública requerida por entidades conseguiu suspender temporariamente o sobre preço. Mas um mês depois, uma liminar assinada pela presidente do tribunal regional federal TRF-1, derrubou a ação que impedida o reajuste, nas contas de luz para os consumidores do estado.

 

Confira a reportagem na integra:

(Foto: Amazônia.org.br) Usinas do Rio Madeira geram juntas energia que dá para atender duas vezes o consumo interno

Com o aumento na conta de energia elétrica pela Energisa, a pergunta que não quer calar tem sido a justificativa informada pela empresa para o aumento. No rio Madeira estão as duas maiores hidrelétricas do Brasil, a Santo Antônio e a Jirau respondem juntas por 7.318 megawatts de energia suficiente para abastecer duas vezes o consumo interno.

A usina Jirau foi inaugurada em 2012 e conta com 50 unidades geradoras que tem capacidade para gerar 3.750 megawhatts. A usina Santo Antônio Energia foi inaugurada em 2016, tem 50 turbinas do tipo Bulbo e capacidade para gerar 3.568 megawatts.

Alé, dessas empresas, o estado conta ainda com a usina de Samuel, responsável pelo abastecimento de metade dos 52 municípios de Rondônia. As empresas poderiam ser motivo de orgulho para o usuário, mas infelizmente é justamente ao contrário. A insatisfação está justamente  na conta de energia elétrica que aumentou 24,75% em residências e 27,12% na energia de alta tensão.

Na semana passada o aumento na conta de energia elétrica tirou o rondoniense do sério, para reivindicar seus direitos das ruas vieram o cenário da indignação, que pedem a redução no aumento da energia elétrica pela Energisa.

De acordo com a empresa o reajuste não viola nenhuma lei, a estatal ainda associou o encargo à geração de energia elétrica que teria ficado mais cara nos últimos meses.

Segundo a empresa, atualmente 23 tributos e pelo menos 13 encargos incidem sobre o setor de energia elétrica brasileiro. Especialistas dizem que desmando do governo ao longo dos últimos anos podem ser apontados como as causas desse fenômeno. No comparativo internacional, o fardo tributário no Brasil é um dos maiores do mundo, permanecendo atrás apenas da Dinamarca e da Alemanha em 2016.

O que também  implica são os problemas estruturais. A empresa Energisa que venceu o leilão sobre a Eletrobrás no ano passado é apontada por representantes das elétricas, como sem estrutura para receber energia produzidas pelas empresas. Questionado sobre isso, o diretor presidente do grupo discorda.

O aumento da energia elétrica anunciado pelo grupo energisa estava em vigor desde o dia 13 de dezembro de 2018, após ter sido aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, mas uma ação civil pública requerida por entidades, conseguiu suspender temporariamente o sobrepreço.

Mas um mês um mês depois, uma liminar assinada pela presidente do Tribunal Regional Federal (TRF1), derrubou a ação que impedia o reajuste, nas contas de luz para os consumidores do estado.



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