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Editorial

coluna

Publicado: 16/06/2020 às 06h01min

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Liberar o comércio não significa o fim da pandemia

Depois de acordo entre o governo do estado e empresários e com a garantia da Secretaria de Estado das Saúde de que terá leitos de UTI..

Depois de acordo entre o governo do estado e empresários e com a garantia da Secretaria de Estado das Saúde de que terá leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atender toda a demanda, o comércio de Porto Velho reabrirá a partir desta terça-feira (15). A situação está crítica com a crise da saúde e a crise econômica sufocando todos os lados. Alguma coisa realmente precisa ser feita, mas não podem descuidar da segurança epidemiológica da população como um todo.

O controle social deve ser bem rígido para evitar pessoas transitando sem necessidade. O isolamento e o distanciamento continuam sendo as formas mais eficazes para prevenir o contagio com o novo coronavirus. Se os estabelecimentos comerciais manterem o rigor e estado e município também fizerem suas respectivas partes, podemos conviver com a pandemia e mitigar os efeitos.

Os cuidados são necessários porque a população pode entender que, a liberação do comércio seja um sinal de que a pandemia já foi embora, o que não é o caso. Os riscos continuam altos, a doença continua sem cura eficaz, e as pessoas permanecem imprudentes. Se todos cumprirem os protocolos poderemos levar uma rotina comercial e de trabalho com alterações, porém de modo que possa salvar vidas, empregos e negócios. Somente em Porto Velho estimam que umas 300 empresas não suportam mais e devem fechar as portas. O impacto somente será possível medir um pouco mais adiante, dependendo do efeito das vendas de produtos e serviços. 

Outro motivo que a população precisa ficar atenta e ter cuidados é que a situação dos hospitais na Capital permanece bem delicada. O foi divulgado pela Sesau é que o Cemetron, tem ocupação de 89% dos leitos de UTIs. Na Unidade de Assistência Médica Intensiva (AMI), o índice de ocupação estava em 77%. No Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, a ocupação chega a 90%, enquanto que no Hospital João Paulo II é de 62%. O Hospital de Amor disponibilizou leitos para atender pacientes do estado e a ocupação chegou a 100%. Transformando essa conta de percentuais para números efetivos, a disponibilidade de leitos é de: Cemetron (2 leitos disponíveis), a AMI (8), o Hospital de Base (1), Hospital João Paulo (3) e Samar (1).

Dessa forma é preciso conscientizar o portovelhense que, a liberação de abertura dos comércios é necessária, mas os cuidados pessoais são fundamentais para o bem estar de todos. 


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