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Diário da Amazônia

Porto Velho: Livro relata a vida dos seringueiros

Com apresentação de Betty Mindlin, doutora em antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e prefácio de Alberto..

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Publicado: 11/12/2014 às 10h15min | Atualizado 28/04/2015 às 08h08min

Depois de investigar por 15 anos a reserva extrativista de Ouro Preto, Nilson Santos, doutor pela USP, apresenta livro  Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Depois de investigar por 15 anos a reserva extrativista de Ouro Preto, Nilson Santos, doutor pela USP, apresenta livro Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Com apresentação de Betty Mindlin, doutora em antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e prefácio de Alberto Lins Caldas, doutor em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo, o livro de Nilson Santos, “Seringueiros da Amazônia: sobreviventes da fartura”, será lançado hoje, às 19h30, na Livraria Exclusiva, em Porto Velho.

Brochura de 350 páginas, a obra traz a vivência do autor que, em suas viagens pela reserva extrativista do Rio Ouro Preto, região de Guajará-Mirim, pode colher entrevistas com o trabalhador desse local, o seringueiro que, “uma personalidade complexa com histórias fortes e expressões variadas que fazem ouvir vozes” das mais distintas épocas e lugares. O livro de Nilson Santos está dividido em cinco capítulos, além de uma introdução que orienta o leitor sobre os aspectos elementares.

Os capítulos estão assim denominados: capítulo 1 (Os seringueiros da reserva extrativista do rio Ouro Preto); capítulo 2 (A história oral); capítulo 3 (Primeiro momento do trabalho de campo); capítulos 4 (entrevistas – Davi de Souza, Wanderley Lima Nunes, Lita da Rocha, Manoel dos Santos Oliveira, Francisco Nilo Pessoa, José Maria dos Santos e Paulo Nunes.

O autor

O livro é fruto de aproximadamente quinze anos de vida junto aos seringueiros do rio Ouro Preto, na Amazônia Ocidental, na sua trajetória em defesa da floresta e do seu direito à vida e à dignidade. A obra também é fruto de muitas lutas, perdas e algumas poucas vitórias, garantindo que a floresta amazônica não seja devastada e tomada por queimadas, fazendas de gado e soja na intensidade pretendida por madeireiros, fazendeiros e outros atores.

Em troca da vida de milhares de seringueiros, que sucumbiram anonimamente por doenças, balas, angústias, por políticas públicas comprometidas com o agronegócio e sentenças judiciais lamentáveis, ganharam para seus descendentes, e para nós, seus leitores, a certeza de que uma vida decente vale a pena.
Nesta convivência de 15 anos, conquistei a confiança de muitos e ao mesmo tempo sentia crescer a impotência por ver a devastação e a destruição ganharem terreno, a tristeza ao ver a floresta queimada, aparecia cada vez mais nas conversas, nas gravações e no sentimento que nutriam sobre o futuro.



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