A saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão, beneficiado pela decisão tomada na véspera pelo Supremo Tribunal Federal de derrubar a prisão após condenação em segunda instância, causou alvoroço na política da América Latina. A reação da esquerda no Brasil e nos demais países foi imediata. O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, através do Twitter, destacou a coragem de Lula e classificou o seu processo como uma perseguição política. “Sua força demonstra não apenas o compromisso, mas a imensidão desse homem”, escreveu.
Logo após deixar a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR), Lula criticou a Justiça, o Ministério Público e a Receita Federal. Segundo o petista, o “lado podre” dessas instituições trabalhou para “criminalizar o PT, criminalizar o Lula”
GOVERNO BOLSONARO REAGE COM CRÍTICAS
Os filhos do presidente Jair Bolsonaro foram os primeiros a postar nas redes sociais críticas à soltura de Lula. Depois, o deputado Felipe Franceschini (PSL-SP) reagiu convocando a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados para votar PEC que muda a lei de cumprimento de pena.
O presidente Jair Bolsonaro pediu cautela dos ministros e orientou que evitassem comentários. Mas o próprio presidente usou o Twitter para ironizar a gafe da apresentadora da GloboNews, Natuza Nery, que por duas vezes na sexta-feira (8) referiu-se a Bolsonaro como ex-presidente.