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Diário da Amazônia

Madeiras nativas são apreendidas em Cacoal

Já no primeiro dia de fiscalização, a PMA apreendeu cerca de 210 mts cúbicos de madeira.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia
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Publicado: 20/08/2015 às 05h00min

Madeiras apreendidas foram levadas ao pátio da Secretaria Municipal de Obras, em Cacoal  Magda Oliveira/Diário da Amazônia

Madeiras apreendidas foram levadas ao pátio da Secretaria Municipal de Obras, em Cacoal Magda Oliveira/Diário da Amazônia

Atendendo a uma solicitação da Fundação Nacional do Índio (Funai), a Polícia Militar Ambiental (PMA) iniciou, na tarde de ontem (18), uma operação para coibir a extração ilegal de madeira na região.

Já no primeiro dia de fiscalização a PMA apreendeu cerca de 210 metros cúbicos de madeiras nativas ilegais, cinco caminhões e seis pessoas. A procedência da madeira ainda será investigada pela Polícia Civil, porém o órgão ambiental acredita que a madeira tenha sido extraída de dentro de reservas indígenas.

Os caminhões estavam carregados com madeiras como maracatiara, imbirema, angelim, garapa e jequitibá. A apreensão foi feita em uma área particular, na Linha 9, o que para polícia se trata de uma prática utilizada pelas empresas, para enganar a fiscalização. “Para manter essa madeira em pátios, seria necessário uma legalização que só é possível conseguir através de planos de manejo. Então, eles utilizam essa tática”, acredita o sargento da PMA,Vanderli Trindade.

Segundo o sargento, não é possível afirmar que as madeiras foram retiradas das terras indígenas, mas a suspeita é pertinente. “Não existe plano de manejo por perto, então deduzimos que essas madeiras tenham sido retiradas sim de dentro das terras indígenas”, afirmou Trindade.

PRISÕES

Seis pessoas foram conduzidas à delegacia e irão aguardar detidas, até que o delegado responsável decida se poderão responder ao processo em liberdade. A pena para quem pratica o crime ambiental de extrair madeira de forma ilegal pode ser de seis meses a um ano de prisão mais o pagamento de multa.

As madeiras apreendidas foram armazenadas no pátio da Secretaria Municipal de Obras, os caminhões foram designados a um fiel depositário, que é a atribuição dada a alguém para guardar um bem durante um processo judicial.

DURAÇÃO

A operação que começou às 18h da última terça-feira (18), não tem prazo para terminar. Os policiais irão fiscalizar o entorno das terras indígenas Suruí, Cinta Larga e Mequéns.



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