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Diário da Amazônia

Mais de 150 rondonienses que estudam na Bolívia são trazidos de volta ao Brasil durante pandemia

Jovens relatam que estavam com dificuldades financeiras para permanecerem no país vizinho.

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Publicado: 14/04/2020 às 14h29min

O Governo de Rondônia divulgou na segunda-feira (13) que 159 rondonienses que estudam na Bolívia foram repatriados para o Brasil durante o último final de semana. Os jovens estudam em Cochabamba e Santa Cruz de La Sierra e tiveram as aulas suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus.

A operação foi coordenada pelo Corpo de Bombeiros, segundo o órgão, as listas de alunos rondonienses foram repassadas pelo Consulado Brasileiro na Bolívia. E todos os 159 alunos fizeram testes para Covid-19, quando passaram pela barreira internacional e quando chegaram em Vilhena (RO), no Cone Sul do estado. A ação foi acompanhada pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).

Os viajantes cruzaram as fronteiras de ônibus com apoio dos quartéis dos bombeiros de Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Corumbá (MS). Somente de Corumbá para Porto Velho são 2,6 mil quilômetros rodados que somam 30 horas de viagem.

A maioria dos estudantes cursa medicina no país vizinho, para eles a oportunidade de retornar ao Brasil durante a pandemia foi um alívio. Além de passar o momento difícil com a família, a repatriação ajuda a aliviar as contas, já que segundo relatos dos estudantes, muitos pais não estão conseguindo trabalhar normalmente para manter os filhos em outro país.

Até o momento, na Bolívia há 330 casos confirmados do novo coronavírus e 27 mortes.

A Bolívia declarou emergência sanitária nacional e quarentena total com toque de recolher em todo o território, no dia 17 de março. No dia 7 de abril, o prefeito de uma cidade na Bolívia foi preso por permitir uma festa religiosa que se tornou o foco de contágio da Covid-19, com seis infectados e um morto.

O chefe da polícia de investigações de La Paz, Iván Rojas, informou que o prefeito Tiburcio Choque, da cidade de Patacamaya (sul de La Paz), foi acusado “pelos crimes de ataque à saúde pública, perigo de destruição e quebra de deveres “.

Tiburcio foi denunciado pelo Ministério Público por permitir uma festa religiosa de cinco dias (de 12 a 16 de março), na qual participaram cerca de 600 convidados de outras partes do país.

Na época da festividade, o governo boliviano havia determinado a suspensão de eventos públicos que reunissem mais de cem pessoas.

Fonte: G1RO



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