Marina Abramović está trabalhando em mais uma grande performance. De acordo com o jornal The Times, a artista sérvia pretende se transformar em um condutor de eletricidade em uma exposição marcada para 2020 na Royal Academy of Arts de Londres.
Para a apresentação, Marina teria contratado a empresa de tecnologia de arte Factum Arte para construir uma máquina que descarregue na artista cerca de 1 milhão de volts. Com a enorme carga energética, espera-se que ela consiga apagar uma grande vela.
Conhecida pelas suas performances dramáticas e por vezes polêmicas, em 2010 a artista realizou uma exposição no MOMA, Museu de Arte Moderna de NY, que ocupou todos os seus seis andares com a retrospectiva da carreira da artista. Foi lá que sua apresentação mais marcante aconteceu: ela ficou durante os três meses de exposição disponível ao público – quem quisesse chegava e ficava o quanto quiser sentado olhando para Marina (ela passou mais de 700 horas sentada numa cadeira sem se mexer) – intitulada O Artista Está Presente.
O seu trabalho que explora a vida, o corpo, a alma, e os sentidos tornaram ela uma das mais prestigiadas artistas performáticas do século, a força da sua apresentação é tanta que ela desenvolveu o “Método Marina Abramović “, que já inspirou muitos artistas a chegar nos limites do corpo e da mente.
Conheça 3 performances polêmicas e perigosas da artista:
Rhythm 4 (Ritmo 4), 1974 – Na galeria Diagramma, em Milão, Marina Abramović agachou-se nua de frente para um ventilador industrial de alta potência e comprimiu seu rosto contra a aparelho a fim de preencher seus pulmões até o limite de seu corpo.
Rhythm 2 (Ritmo 2), 1974 – Em ação realizada no Museu de Arte Contemporânea de Zagreb, a artista conseguiu duas pílulas de um hospital, uma para catatônicos e outra para esquizofrênicos. Sentada diante do público, Marina Abramović tomou a primeira pílula e começou a ter espasmos – e o efeito durou cerca de uma hora. Logo depois, a artista tomou o outro remédio.
Rhythm 0 (Ritmo 0), de 1975 – Nessa que é uma de suas mais famosas performances – e talvez a de maior risco – a artista colocou 72 itens sobre uma mesa – entre eles, um machado, uma pistola e uma bala de revólver – e ficou por seis horas na Galleria Studio Morra, de Nápoles, à disposição do público para que fizesse o que quisesse com ela, sem resistência. Um espectador chegou a colocar a arma na mão da artista e apontá-la para seu pescoço.