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RONDÔNIA

Médicos se negam a fazer cesária e mãe morre em hospital de PVH

A triste notícia veio à tona depois que foi registrado uma ocorrência na delegacia. Uma mulher identificada como Luciene Gomes, de 35..

Por Rosinaldo Guedes Diário da Amazônia
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Publicado: 02/08/2019 às 08h54min | Atualizado 02/08/2019 às 17h39min

A triste notícia veio à tona depois que foi registrado uma ocorrência na delegacia. Uma mulher identificada como Luciene Gomes, de 35 anos, que fez vários pedidos de socorro via Whatsapp para seus vizinhos, anunciando que pela negligência dos profissionais ela iria morrer a qualquer momento. A vítima foi internada na maternidade do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em trabalho de parto.

A possível irresponsabilidade e negligência foi denunciada à Delegacia de Polícia pelos vizinhos que receberam vários áudios e fotos enviados pela vítima de dentro do Hospital onde ela se encontrava internada para realização do parto.

No Boletim de Ocorrência que foi registrado por duas vizinhas da vítima, em áudios enviados pelo Whatsapp, num desespero de pedido de socorro, pois iria morrer, em decorrência que os médicos se recusavam a fazer o procedimento de cesariana.

As duas testemunhas que receberam os áudios desesperados da grávida ainda tentaram intervir para salvar a mulher, registrando uma Ocorrência Policial, nº: 136037/2019, como natureza: “Outros crimes resultantes em morte, (Consumada) relevância criminal. Data do fato 30/07/2019. Vítima: Luciene Gomes. Autor do fato: Hospital de Base Ary Pinheiro”.

Na Ocorrência consta o seguinte registro: “Narra a senhora M. M. N. R. que no dia 28/07/2019, por volta das 20h, acompanhou sua vizinha Luciene Gomes até a Maternidade Municipal, pois a grávida já se encontrava em trabalho de parto, que da maternidade ela foi conduzida em uma ambulância do Samu para o centro obstétrico do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, que ao chegar no Hospital de Base, a senhora Luciene Gomes recebeu atendimento médico e por determinação médica seria liberada para voltar para sua residência”.

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“Porém, por insistência da senhora M. M. e da senhora M. I. que avisaram que não podia ser parto normal, pois a vítima Luciene Gomes já tinha problemas desde o seu primeiro parto e tinha que ser submetida a um procedimento de cesariana”.

A suposta irresponsabilidade e negligência deixou os familiares e amigos tristes e revoltados, na possível certeza que a mulher morreu por falta de profissionalismo, responsabilidade e negligência médica, uma possível omissão de socorro do setor de internação da ala da maternidade do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro.

Fotos, documentos e áudios de desespero deixam claros o pedido de socorro pelo aplicativo Whatsapp para as vizinhas, com a certeza que os médicos a iriam deixá-la morrer, sem fazer a cesariana. Em um deles ela disse: “Ah não, vai lá me salvar pelo amor de Deus”. Em outro: “Não dá certo eu fugir daqui não vou conseguir”. E num terceiro áudio: “Eles conseguiram me colocar aqui dentro para me matar” e em outro “Avisaram até lá portaria pra ninguém entrar” e no quinto “Vizinha, ela tem que fazer a denúncia logo porque já tô ficando roxa a minha mão e tô me tremendo toda já”.

1. “AUDIO”
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2. “AÚDIO 1”
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3. “AÚDIO 2”
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4. “AÚDIO 3”
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5. “AÚDIO 4”
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Até a postagem dessa matéria, o Hospital de Base não havia se manifestado sobre o assunto, e o caso segue em investigação policial.



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