Porto Velho/RO, 01 Abril 2024 02:49:49
Diário da Amazônia

MTE define medidas de combate à informalidade

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai apertar a fiscalização contra a informalidade e a sonegação dos valores devidos ao Fundo..

A- A+

Publicado: 12/02/2015 às 03h25min | Atualizado 26/04/2015 às 23h28min

Fiscalização que é feita em cima dos trabalhares informais passará a ser mais rigorosa Divulgação/Diário da Amazônia

Fiscalização que é feita em cima dos trabalhadores informais passará a ser mais rigorosa Divulgação/Diário da Amazônia

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai apertar a fiscalização contra a informalidade e a sonegação dos valores devidos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). As medidas foram anunciadas ontem pelo ministro Manoel Dias e devem elevar as receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do FGTS e da Previdência Social em R$ 5,2 bilhões até o final deste ano. Em Rondônia, a taxa de informalidade é estimada pelo Ministério em 35,5%, segundo dado extraído do Censo do IBGE. O Estado conta com 39 agentes de fiscalização do Ministério.

Até o final de março, o MTE pretende implementar medidas que incrementem no País a arrecadação em mais de R$ 10 bilhões, coibindo fraudes e sonegações.

“Mesmo que tenhamos hoje mais de 50 milhões de pessoas empregadas formalmente e isso é uma grande conquista dos últimos 12 anos, ainda temos 14 milhões de trabalhadores que vivem como se estivessem legalmente empregados, mas não tem acesso aos seus direitos básicos. Isso representa uma sonegação de R$ 80 bilhões à Previdência e ao FGTS, que nós temos que combater pelo bem do trabalhador, tanto na questão dos direitos quanto da saúde dos fundos”, explicou Manoel Dias.

De acordo com ele, os auditores fiscais do trabalho, em todo País, estão dando início à fase 2 do Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados. Ao longo dos últimos seis meses, o MTE trabalhou na preparação desta ação, com a melhoria dos sistemas informatizados, a criação de novas ferramentas de fiscalização, a capacitação dos agentes e a organização de um plano de fiscalização por Estado. “Cada estado tem pelo menos uma equipe pronta e com metas a perseguir, a partir de hoje”, continuou.

As ações de fiscalização contra a informalidade acontecem “in loco” nas empresas e tiveram como ponto de partida o mapa da informalidade no País, desenhado a partir da Pnad 2013 e do Censo do IBGE. Uma campanha informativa também será realizada nos 537 municípios onde as pesquisas apontaram maior informalidade. Pelo menos 554 mil empresas serão notificadas por mala direta. As regiões Nordeste e Sudeste, que tem os maiores índices de informalidade, devem ganhar atenção especial.



Deixe o seu comentário