Porto Velho/RO, 19 Março 2024 14:47:56

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 12/07/2020 às 05h47min

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Mesmo em tempos de pandemia a economia de Porto Velho reage como pode

Um símbolo brasileiro Há slogans muito repetidos em campanhas eleitorais, geralmente entre marchinhas de louvor e aplausos de claque. Um..

Um símbolo brasileiro

Há slogans muito repetidos em campanhas eleitorais, geralmente entre marchinhas de louvor e aplausos de claque. Um deles foi “mais Brasil, menos Brasília”. A Amazônia Legal é mais Brasil por natureza e por lei. Além de ser um dos símbolos brasileiros mais significativos, a região compõe 58,9% do território nacional, segundo o mapa atualizado do IBGE. 

A integração da Amazônia Legal veio com a lei 1.806, de 1953, que abriu o caminho à integração regional e permitiu o fio histórico que deu origem ao Estado de Rondônia. Lamentavelmente, as ótimas ações que se seguiram a essa lei foram maculadas por erros graves de planejamento. A tecnocracia ambientada no conforto dos palácios não levou em conta, nas pranchetas, os impactos ambientais e sociais das ações propostas.

Hoje, o mundo cobra providências para a proteção da floresta e de seus povos, mas foi o mundo – sua II Guerra – que atrasou o desenvolvimento da Amazônia. Getúlio Vargas prometeu em 1940 uma política para a região, mas o conflito externo imobilizou o planeta. Eram idos de Rondônia território federal.

 Finda a guerra, Vargas foi deposto por um golpe militar pró-democracia, voltou à presidência pelo voto e em 1953 criou a Amazônia Legal. Pouco pôde fazer, pois foi levado ao suicídio em 1954. Com a corrida do estanho, naquela década, ficou visível quanto a falta de planejamento fez falta. Ainda não havia Brasília, só um Brasil ansioso para ser mais.

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Centrão vitaminado

Desde a janela partidária de abril, que permitiu a transferência de vereadores e prefeitos, o chamado “centrão”, hoje a grande base de apoio do atual governo federal foi a coalizão de partidos que mais cresceu em decorrência da busca de legendas mais a direita depois da vitória do presidente Bolsonaro em 2018. Em Porto Velho quem ganha com isto é a pré-candidata a prefeita do PP, Cristiane Lopes que poderá ser reforçada com o apoio de outras legendas conservadoras.

Duas cartas

 O prefeito Hildon Chaves tinha duas cartas importantes para a reeleição, casos dos compromissos para a implantação do novo sistema de transporte coletivos em Porto Velho cuja licitação foi objeto de embargo na justiça – o processo já estava bem adiantado inclusive homologado – e a conclusão das obras no Complexo Madeira Mamoré na orla do Rio Madeira que também pode atrasar como efeito do agravamento da pandemia do coronavirus. A expectativa dos palacianos, no entanto, é que as coisas vão se resolver a tempo.

Tucano urra

Pense num prefeito tucano revoltado e com justa razão! Além da questão da licitação do sistema de transportes coletivos embaralhada, o presidente Jair Bolsonaro tinha vetado a liberação no meio da semana dos recursos oriundos de emendas parlamentares da bancada federal para obras de pavimentação no Bairro da Lagoa, Igarapé e Planalto (a ligação ao Jardim Cristal pela avenida Calama). Hildon Chaves tenta reverter a situação, mas as ações podem também sofrer atrasos. 

Uma reação

Mesmo em tempos de pandemia a economia de Porto Velho reage como pode. A Rede de Lojas Novalar, já com forte presença no interior do estado, acaba de se instalar na capital rondoniense gerando mais empregos. Também  a Fortal Alimentos reforça o setor atacadista se instalando na Zona Leste. Enquanto isto, o centro histórico da capital desmoronou de vez com prédios abandonados e invadidos por viciados em drogas, mendigos e foragidos da justiça.

Nosso Incra

O Incra comemorou 50 anos de atividades, depois de suceder o antigo Ibra e em release enviado a imprensa foi enfatizada a importância do órgão em solo rondoniense. A assessoria do Incra cita os projetos de colonização que deram origem a grande maioria dos municípios rondonienses. Acrescentaria neste contexto a importância de Assis Canuto, que tocou vários projetos de assentamentos. Ele marcou presença na criação de pelo menos 40 municípios a partir do gerenciamento de projetos de colonização.

Via Direta

 *** Circula nos bastidores que já pintaram emissários do crime organizado do RJ para perscrutar o mercado de vans em Porto Velho ***A Zona Leste, a mais populosa de Porto Velho mostra pujança em plena pandemia de covid-19. O movimento no comércio é enorme *** E por falar em pandemia, quando é que o governador Marcos Rocha vai se entender com o prefeito Hildon Chaves? *** Assessores de ambos futricam e estimulam o embate ao invés de funcionarem como bombeiros *** Muitas lojas já estão deixando as avenidas Sete de Setembro, Carlos Gomes e Calama na capital e aportando em outras regiões onde o aluguel é mais acessível *** Já lançados na arena, os vermelhinhos Samuel Costa (PC do B) e Ramon Cajuí (PT) serão os primeiros prefeituraveis entrevistados na temporada pelo Diário. 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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