O risco de rompimento da barragem da Vale em Barão de Cocais fechou os Correios na cidade, uma agência de banco e pode provocar colapso na rede municipal de saúde. O prefeito, Décio Geraldo dos Santos (PV), afirma que a mineradora se recusa a passar recursos para atendimento médico e quer ajuda do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Não admito nenhuma morte por causa disto”, afirma o prefeito.
O município registra aumento na procura por atendimento no setor de saúde, como para casos de hipertensão, e assistência social, sobretudo na área psicológica, desde 22 de março, quando o nível de alerta da barragem Sul Superior, da Vale, no município, foi elevado a 3, que significa ruptura iminente.
No último dia 13, a mineradora informou as autoridades que o talude da mina de Gongo Soco pode desmoronar, provocando abalo sísmico que teria até 15% de chances de provocar ruptura da represa. O risco mudou completamente a rotina dos cerca de 32 mil habitantes de Barão de Cocais. Do total, cerca de seis mil terão que sair de casa caso a barragem se rompa, por viverem próximo ao Rio São João, que corta o município.