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Diário da Amazônia

Ministro volta a falar de aumento de impostos

Meirelles considera que o Governo Federal deve cumprir meta fiscal.

Por Assessoria
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Publicado: 11/05/2017 às 17h12min

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não descarta majoração de impostos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (10) a jornalistas, que não há nada decidido ou programado no momento sobre alta de impostos no Brasil, mas com a evolução da situação fiscal, se for necessário, haverá elevação de tributos. “Nosso compromisso é atingir a meta de resultado primário”, afirmou ele, destacando que hoje o horizonte do governo é atingir esta meta apenas com corte de despesa.

Sobre o resultado do IPCA divulgado hoje, Meirelles afirmou que é um sinal de que a inflação está reagindo também ao ajuste fiscal. “Em uma situação de incerteza, os formadores de preços tendem a aumentar o preço mesmo que a demanda esteja baixa, para poder se defenderem”, disse ele. Com o ajuste fiscal, há queda das expectativas de inflação porque os formadores de preço tendem a aumentar menos os preços.

“Estamos saindo de uma recessão, portanto não se justifica o nível de inflação que o País tinha antes, que era resultado dos desequilíbrios da economia”, ressaltou Meirelles. Perguntado sobre o ritmo de corte de juros pelo Banco Central, Meirelles voltou a afirmar que um ministro da Fazenda não deve interferir nos assuntos da autoridade monetária. “É um Banco Central técnico, competente e que sabe o que faz.”

Previdência

O ministro afirmou ainda que espera que a PEC da Previdência seja aprovada na Câmara dos Deputados ainda em maio. “Esperamos a aprovação em maio e, o mais rápido possível, em seguida, no Senado Federal. O mesmo [ou seja, a rapidez no andamento das votações] vale para a tramitação da reforma trabalhista [no Senado Federal]”, disse o ministro em rápida entrevista após participar da 9ª edição do Congresso Anbima de Fundos de Investimento, organizado pela Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

O ministro afirmou que a reforma da Previdência é um conjunto de mudanças cujo impacto surgirá ao longo de décadas. “Não são dois meses que serão decisivos [para o sucesso dos efeitos da reforma]. Mas estes dois meses podem, sim, ser muito importantes para a expectativa e para o crescimento econômico deste ano e do próximo. Por causa disso, é muito importante que [a PEC] seja aprovada o mais rápido possível”, disse.

Meirelles afirmou que a expectativa é que a reforma da Previdência também seja aprovada no Senado ainda no primeiro semestre. Ele argumentou que a aprovação ficar para agosto “não é o ideal”. “Se por ventura alguma votação for deixada para agosto não é ideal, mas não é isso que vai influenciar o sucesso da reforma”, disse.



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