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RONDÔNIA

Mobilização contra as Hepatites Virais

Entre os anos de 1999 e 2014 foram notificados 2.576 casos de Hepatites Virais em PVH.

Por Assessoria
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Publicado: 29/07/2015 às 09h00min

Prevenção é a melhor forma de evitar as Hepatites Virais, doença silenciosa, que nem sempre apresenta sintomas, geralmente causada por vírus

Prevenção é a melhor forma de evitar as Hepatites Virais, doença silenciosa, que nem sempre apresenta sintomas, geralmente causada por vírus

As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Observa-se diferença regional na ocorrência e magnitude destas em todo o mundo, variando de acordo com o agente etiológico. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, de 1999 a 2011, foram notificados e confirmados 120.343 casos de hepatites B e 82.041 casos de hepatite C no Brasil.

Com o objetivo de imunizar e informar o maior número de pessoas em nosso estado, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) deu início à Campanha de Enfrentamento das Hepatites Virais no município de Porto Velho. A campanha é alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, que acontece no dia 28 de julho, e busca oferecer subsídios que contribuam para a prevenção, controle e diagnóstico das hepatites virais, tais como a confecção e distribuição de materiais educativos informativos, oferta de diagnóstico precoce por meio da realização de testes rápidos das hepatites e aumento da cobertura vacinal para as hepatites A e B nas Unidades de Saúde da Família de Porto Velho.

O Ministério da Saúde apresentou na última segunda, uma campanha publicitária de prevenção às Hepatites Virais 2015 e novo boletim epidemiológico. Também foi anunciado um novo tratamento para a doença que aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento aos pacientes com hepatite C. A terapia estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) até dezembro deste ano, composto pelos medicamentos daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir, o novo tratamento vai beneficiar cerca de 30 mil pessoas nos próximos 12 meses.

As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. Já as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue e por relações sexuais sem uso de preservativo. No município de Porto Velho, segundo dados parciais do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre os anos de 1999 e 2014 foram notificados 2576 casos de Hepatites Virais. Sendo 733 por Vírus da hepatite A; 1172 por Vírus da hepatite B; 529 por Vírus da hepatite C; 95 infectados simultaneamente pelas hepatites B e D (ou Delta); e 47 pelas hepatites B e C.

Assistência às hepatites virais

As novas medicações vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados anteriormente, entre eles os portadores de coinfecção com o HIV, cirrose descompensada, pré e pós-transplante e pacientes com má resposta à terapia com Interferon, ou que não se curaram com tratamento anterior. A meta é ampliar a assistência às hepatites virais, minimizando as restrições impostas pelo tratamento anterior. A nova terapia garante ao paciente mais conforto e qualidade.
Pacientes que venham a solicitar, ou que já estejam em tratamento com boceprevir e telaprevir, não serão prejudicados, uma vez que o fornecimento desta medicação será assegurado até o final do tratamento. O documento também padroniza uma rotina de exames e de consultas médicas, permitindo maior conhecimento por parte dos profissionais de saúde, do agravo e da assistência necessária aos pacientes.



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