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PLANTÃO DE POLÍCIA

Modelo rondoniense tem fotos divulgadas em site de prostituição

Recentemente, em Porto Velho o caso de Stefany Pereira, de 19 anos, que teve fotos intimas divulgadas em um site de prostituição acendeu..

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Publicado: 27/07/2018 às 11h10min | Atualizado 27/07/2018 às 11h38min

Foto: Miguel Franco/Diário da Amazônia

Print do anúncio no site. Foto: Divulgação

Recentemente, em Porto Velho o caso de Stefany Pereira, de 19 anos, que teve fotos intimas divulgadas em um site de prostituição acendeu o alerta para casos de crimes praticados nas plataformas digitais.

A modelo rondoniense teve suas fotos divulgadas em um site de prostituição, representando uma das jovens cadastradas no site, usando o nome de Izadora. A descoberta foi possível através de um print enviado por um amigo da vítima pelo Facebook.

Imediatamente a jovem, entrou em contato com o número do anúncio, onde não conseguiu falar com ninguém e também da Central de Atendimento do site. Após conseguir contato com representantes do site, o anúncio foi retirado do ar em menos de 24h.

Mas segundo Stefany, o fato acarretou atrasos em sua vida profissional, já que a modelo depende da imagem realizando propagandas, desfiles, campanhas e etc. A jovem é modelo há três anos.

O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia de Porto Velho, como crime de injúria e difamação de imagem.

“Espero uma atitude rigorosa. Que não fique impune. Que aconteça de forma responsável. Que o culpado seja encontrado.”, relata a jovem sobre investigação.

Outro caso

Essa não é a primeira vez que Stefany sofre com crimes da mesma natureza. De acordo com a modelo, uma outra vez ela teve o número do celular divulgado em um site e a partir disso, começou a receber inúmeras ligações propondo serviços sexuais.

Stefany se culpa por não ter agido do primeiro caso. “Foi um erro meu não ter denunciado na época.”

Foto: Miguel Franco/Diário da Amazônia

De acordo com Osmar Casa, delegado de polícia e diretor do Departamento de Informática e Tecnologia (Dintel) em Porto Velho disse que o estado não conta com uma delegacia para resolver esse tipo de caso. As investigações são encaminhadas para a Dintel devido a demanda. Dificultando o registro de estatística que ajude a comprovar a prática criminal.

“Nós presumimos que o número de ocorrência tem sido pouco ou as delegacias tem conseguido atuar com as demandas sem a nossa atuação e apoio, ou as vítimas não denunciam. O que pode ser uma questão de ‘subnotificação’ das vítimas não estarem fazendo esse registro.”, relata Casa.

No Brasil

Em maio de 2012, o Brasil acompanhou um dos casos mais emblemáticos de crimes cibernéticos acontecidos no país, o roubo e divulgação de mais de 30 fotos intimas da atriz Carolina Dieckmann. Os criminosos invadiram o e-mail da artista e começaram a chantagear Carolina pedindo 10 mil reais pelas fotos.

O caso foi para o Congresso Nacional e o Senado aprovou a Lei 12.737, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, e qualificou os crimes praticados pela internet.

Crime cibernético e crimes praticados em plataforma digital

Foto: Miguel Franco/Diário da Amazônia

De acordo com o delegado Osmar, os crimes tradicionais, contra o patrimônio ou o crime contra a honra, continuam existindo em suas modalidades habituais, no entanto, a plataforma digital permite que o infrator alcance um grande número maior de pessoas e tentar se valer dela para ocultar a identificação.

Os crimes cibernéticos são roubos de dados, informações sigilosas e imagens. As delegacias registram os casos e são encaminhadas para o Dintel. A capital ainda não conta com uma delegacia especializada, mas segundo o delegado, a implantação de uma está no cronograma da polícia.

O que fazer

O delegado deixa um alerta para quem sofrer qualquer tipo de crime pela internet. “Muitas vezes ela se envolve e quer passar dinheiro, acaba sendo extorquida. O que a gente orienta a pessoa é que ela não faça isso, converse com alguém e chame a polícia. Em caso de ofensa: faça um print da tela. Salvar o arquivo para que ela possa encaminhar para a Polícia identificar o infrator”, avisa Osmar.

Confira essa reportagem em vídeo: 



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