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Modi elogia Bolsonaro e viagem oficial marca a história dos 2 países-irmãos.

O chefe de Estado da Índia não poupou elogios ao presidente Bolsonaro e disse que começa um namoro que terminará em casamento eterno.

Publicado: 28/01/2020 às 15h12
Atualizado: 28/01/2020 às 15h13

 

 

Modi e Bolsonaro são de direita, têm uma relação cordial com os Estados Unidos, não concordam com uma parte da mídia internacional e doméstica, são muito dedicados às reformas e querem criar um bom ambiente para negócios. A Índia ultrapassou a China em 2016 a 2018 no crescimento econômico mundial. O país teve crescimento de 7,5% de seu PIB e a população deve ultrapassar a da China na próxima década. O Brasil tem muito a ganhar com as relações comerciais e tecnológicas com a Índia, tanto pela semelhança de ambos quanto por suas necessidades parecidas.

 

Da visita oficial.

O presidente Bolsonaro desde que chegou a Nova Deli, capital da Índia, usou da seguinte frase para arrancar aplausos e o sorriso do premiê (chefe de Estado): “Vocês moram em nossos corações. Descobri aqui muito mais coisa em comum entre nós: a lealdade, a cultura, a vontade de vencer”, disse Bolsonaro em discurso durante fórum empresarial em Déli.

Os elogios vão além do blá-blá-blá habitual de presidentes em visita a outros países. Depois do ídolo máximo de Bolsonaro, o americano Donald Trump, o indiano Modi é um dos líderes mais alinhados ao manual nacionalista que guia o bolsonarismo.

Modi, por sua vez, chamou Bolsonaro diversas vezes de “amigo” e afirmou ser um “orgulho” tê-lo como convidado no Dia da República.

Modi, por sua vez, chamou Bolsonaro diversas vezes de “amigo” e afirmou ser um “orgulho” tê-lo como convidado no Dia da República.

Bolsonaro elogiou Modi pela “liberdade religiosa” na Índia, na semana em que o primeiro-ministro indiano estampou a capa da revista britânica The Economist com o título “Índia intolerante: como Modi está colocando em perigo a maior democracia do mundo”. “O presidente elogiou a liberdade religiosa presente na Índia, disse que se sentiu confortável aqui, apesar de não ser um país de maioria cristã; ele se sentiu muito bem acolhido, visitou um templo [hindu]”, relatou Eduardo.

Duplicação do comércio com Índia e 14 acordos: o que Bolsonaro traz no retorno ao Brasil.

Segundo o governo federal, esses acordos têm potencial para aumentar dos atuais US$ 6 bilhões para US$ 50 bilhões o comércio anual entre os dois países até 2022. Em que pese o exagero dessa projeção, as parcerias firmadas estreitam os laços entre o Brasil e a Índia, o que decerto projeta reflexos positivos na balança comercial do País.

Destaca-se a assinatura do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), o 15.º compromisso desta natureza firmado pelo País, o primeiro com um país asiático. O ACFI é importante porque representa a adoção, pelos países signatários, de medidas que visam à melhoria da governança institucional, à criação de mecanismos bilaterais a fim de “mitigar os riscos e prevenir as controvérsias” nas transações comerciais e à elaboração de “agendas temáticas para a cooperação e facilitação dos investimentos”. Em suma, a assinatura do ACFI torna mais previsível e ao mesmo tempo menos engessada a relação comercial entre os países que o adotam. O acordo prevê, inclusive, a designação de um órgão para atuar como ombudsman em cada país signatário. No Brasil, este papel compete à Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Presidente da República Jair Bolsonaro, e o Primeiro-Ministro da Índia, Narendra Modi, durante cerimônia de assinatura de acordos bilaterais.| Foto: Alan Santos/PR.

Comércio: objetivo é liberalizar as transações.

Durante a viagem, Bolsonaro chegou a falar, via Twitter, que os países teriam uma meta de aumentar o comércio bilateral para US$ 50 bilhões até 2022, mas é provável que isso se trate de um mal-entendido. Oficialmente, foi estipulada uma meta de US$ 15 bilhões para 2022.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o premiê Narendra Modi em Nova Déli, neste sábado (25) — Foto: REUTERS/Altaf Hussain

 

As relações comerciais vem crescendo consideravelmente e a cooperação entre os dois países aumentou em diversas áreas, como ciência e tecnologia, farmacêutica e espacial. O comércio bilateral praticamente dobrou em 2007, chegando a US$ 3,12 bilhões de dólares, comparado com US$ 1.2 bilhões de dólares em 2004. Em 2018, o intercâmbio comercial entre ambos países atingiu 7,5 bilhões de dólares.

Por Victoria Angelo Bacon.

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