Porto Velho/RO, 28 Março 2024 07:07:21

Editorial

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Publicado: 05/03/2019 às 09h18min | Atualizado 06/03/2019 às 23h12min

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Moradias para quem vive na beira do risco

A previsão de que o nível do rio Madeira chegue a 18 metros acima da cota normal supera as previsões preliminares de 17,50 metros. Meio..

A previsão de que o nível do rio Madeira chegue a 18 metros acima da cota normal supera as previsões preliminares de 17,50 metros. Meio metro a mais num rio dessa dimensão significa um estrago enorme e assustador. Já passam de 400 famílias atingidas em Porto Velho e esse número pode ser maior porque em muitas comunidades ribeirinhas do médio e baixo Madeira, famílias permanecem em suas casas com receios de furtos e outras perdas.

A permanência de pessoas dentro das casas alagadas ou com água a dois dedos da porta é um risco evidente a mais para quem convive com as correntezas das águas, animais peçonhentos buscando refúgios, estruturas das casas abaladas, contaminações por doenças epidêmicas e muitos outros fatores que são ameaças para a população ribeirinha e de bairros baixos.

O governo estadual estuda meios de resolver o problema em definitivo. Se assim fizer será de bom grado para quem anualmente passa pelo problema. Os moradores das margens dos rios e igarapés são pessoas vulneráveis, sem condições de possuir moradias dignas e que carecem da atenção do poder público. Trata-se de um problema social aliada à questão humanitária. Muitos conjuntos habitacionais existentes em Porto Velho e outros em fase de conclusão foram erguidos para abrigar famílias afetas na cheia histórica de 2014, a maior com registro na história.

Quanto ao custo de abrigar famílias em residências seguras deve ser considerado o benefício não apenas da proteção das cheias dos rios, mas as infecções por doenças provenientes das águas, de insetos nas casas e de animais peçonhentos atacando esses moradores. A falta de saneamento também é fator grave. Tudo isso gera custos ao estado com tratamentos de saúde. Os investimentos em moradias dignas minimizam entradas de pessoas em hospitais.

Outro benefício aparente é quanto a autoestima desses moradores que saem de residências precárias para conjuntos habitacionais, o que tem representação de valor mais elevada. Deixarão de passar pelas humilhantes retiradas de suas casas para abrigos improvisados como as tendas e escolas. Terão sonhos realizados de morar melhor e poderão fazer novos planos de vida. Pensar no futuro dessa gente é promover conquistas e dar segurança de vida.


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