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Diário da Amazônia

Moro diz que a corrupção abala credibilidade nas instituições

Segundo o ministro, a corrupção mina a credibilidade e a legitimidade das instituições.

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Publicado: 09/12/2019 às 15h10min

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante seminário para comemorar o Dia Internacional Contra a Corrupção. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A corrupção compromete o bem-estar da sociedade e o desenvolvimento econômico do país, além de prejudicar a confiança dos cidadãos na legitimidade das instituições republicanas e democráticas, disse ontem o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em discurso no seminário realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por ocasião do Dia Internacional Contra a Corrupção. Para ele, o fortalecimento dos órgãos públicos de controle é fundamental para desestimular agentes públicos e privados a se corromperem, subornando ou aceitando propina para obter vantagens econômicas.

Moro mencionou que dentro de uma democracia plural sempre pode haver divergências sobre o que é interesse público, mas o cidadão confia que o agente público faça a coisa certa, perseguindo o interesse público. “A corrupção mina esta confiança e a legitimidade das instituições”, acentuou. Em seu discurso, o ministro disse que é preciso fortalecer os mecanismos de controle, que têm que ser efetivos. “Não podemos confiar apenas em nossas virtudes. Não vivemos no mundo dos anjos. Pessoas são falhas e, eventualmente, se desvirtuam”, declarou Moro, afirmando que, no âmbito do Ministério da Justiça, os expedientes de controle internos e externos têm funcionado, com os órgãos de controle vinculados ao ministério funcionando com “completa independência”.

Para o ministro, a cor4rupção afeta a autodeterminação e a confiança no regime democrático e que, neste quadro, não existe alternativa senão um combate firme e determinado. “Houve um nível de corrupção tão disseminado que acabou afetando a própria estabilidade de governos anteriores”, acrescentou o ministro, destacando a importância dos órgãos de controle. “Nenhum dos escândalos revelados no âmbito da Operação Lava Jato foi detectado por controles internos ou externos que já existiam”, afirmou o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde foram julgados alguns dos principais investigados pela força-tarefa Lava Jato.

 

Fonte: Agência Brasil



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