A possível saída de Moro do comando da Segurança Pública anunciado pelo presidente Bolsonaro nessa quinta-feira (23) de janeiro, tumultuou Brasília como se não estivesse de recesso. Enquete realizada por diversos segmentos apontam que o presidente Jair Bolsonaro daria um “tiro no pé” com bomba atômica se o comando da PF e da Segurança Pública for retirado do principal nome do governo. Se realmente concretizar a divisão do Ministério da Justiça e Segurança e retirado o comando de Moro da PF, o mesmo pede para sair e o governo Bolsonaro acaba, palavras do conselheiro do presidente e seu professor General Heleno.
Os especialistas.
Segundo alguns políticos e “especialistas” em segurança pública, Moro não entende nada do assunto. Mesmo assim, na sua gestão caíram todos os índices de criminalidade. Há argumentos vazios opõe-se resultados. Enfraquecer Moro é o sonho dos políticos em geral e dos petistas em particular. Também é o sonho de traficantes de drogas e de armas que tinham “diálogos cabulosos” de contrabandistas, do PCC e de outras facções criminosas. Enfraquecer Moro liquidará uma eventual reeleição de Bolsonaro.
A notícia.
O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quinta-feira que poderá recriar o Ministério da Segurança. Segundo ele, há setores da sociedade que defendem a estrutura, assim como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Hoje, a área está integrada ao Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro.
O que teme o Bolsonaro? Um ministro Moro cada vez mais em evidência. Alguém que pode fazer sombra a ele. Bolsonaro demonstra insegurança. Se recriar a pasta dividindo o que existe hoje, será mais uma traição àqueles que votaram nele porque eram contra o governo petista e contra a corrupção e contra a criminalidade. Moro vem fazendo ótimo trabalho na área e isso causa inveja e ciúme em Bolsonaro.
Isso [recriação do ministério] é estudado, estudado com Moro. Lógico que o Moro deve ser contra, né? Estudado com os demais ministros. O Rodrigo Maia é favorável à criação da Segurança, acredito que a comissão de segurança pública, como trabalhou no passado, também seja favorável”, argumentou.
Questionado sobre o futuro de Moro, Bolsonaro afirmou:
“Se for criado [o novo ministério], daí ele fica na Justiça. O que era inicialmente. Tanto é que, quando ele foi convidado, não existia ainda essa modulação de fundir com o Ministério da Segurança”.
Reunião sem Moro.
O Palácio do Planalto divulgou a lista de quem participou da reunião com Jair Bolsonaro em que se discutiu a recriação do Ministério da Segurança Pública.
Foi durante esse encontro que o presidente disse que estudará o desmembramento do Ministério da Justiça da Segurança Pública.
O Palácio do Planalto divulgou a lista de quem participou da reunião com Jair Bolsonaro em que se discutiu a recriação do Ministério da Segurança Pública.
Foi durante esse encontro que o presidente disse que estudará o desmembramento do Ministério da Justiça da Segurança Pública.
Moro não está na lista:
1. JORGE ANTONIO DE OLIVEIRA FRANCISCO, MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA;
2. LUIZ EDUARDO RAMOS, MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA;
3. AUGUSTO HELENO, MINISTRO-CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA;
4. ANDERSON GUSTAVO TORRES, SECRETÁRIO DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL;
5. LOUISMAR BONATES, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO AMAZONAS;
6. MAURÍCIO TELES BARBOSA, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DA BAHIA;
7. DEL PF RODNEI ROCHA MIRANDA, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO GOIÁS;
8. DEL PC JEFERSON MILER PORTELA E SILVA, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO MARANHÃO;
9. ALEXANDRE BUSTAMANTE, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO MATO GROSSO;
10. ANTONIO CARLOS VIDEIRA, SECRETÁRIO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA DO MATO GROSSO DO SUL;
11. UALAME FIALHO MACHADO, SECRETÁRIO DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL DO PARÁ;
12. ANTÔNIO DE PÁDUA V. CAVALCANTI, SECRETÁRIO DE DEFES SOCIAL DE PERNAMBUCO;
13.CEL EB RÔMULO MARINHO SOARES, SECRETÁRIO DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO PARANÁ;
14. MÁRCIO PEREIRA BASÍLIO, SECRETÁRIO GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO;
15. MÁRIO LÚCUI ALVES DE ARAÚJO, SECRETÁRIO DE ESTADO PÚBLICA DE MINAS GERAIS
16. FLÁVIO MARCOS AMARAL, SECRETÁRIO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA DA PC DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO;
17. JOSÉ HÉLIO CYSNEIRO PACHÁ, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA DE RONDÔNIA;
18. CEL EB OLIVAN PEREIRA DE MELO JÚNIOR, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE RORAIMA;
19. DEL PC PAULO NORBERTO KOERICH, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SANTA CATARINA;
20. CEL JOSÉ PEREIRA DE ANDRADE FILHO, SECRETÁRIO ADJUNTO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SERGIPE;
21. MAJOR MOACIR ALMEIDA SIMÕES, SECRETÁRIO DO CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA;
O senador Alessandro Vimentou o plano apresentado a Jair Bolsonaro para repartir ao meio o ministério de Sergio Moro:
“A Segurança Pública apresenta resultado excelente em 2019, sob condução do Ministro Moro. Consequência? Figuras importantes começam a defender a mudança na estrutura e a divisão do Ministério. Para essa turma o interesse público fica sempre em último plano. Não enganam ninguém.”
Agora, vamos aguardar e torcer que seja uma Fake News!