No último domingo (23), mais um pedaço da história rondoniense acabou sem encontrar o reconhecimento, pois faleceu em Porto Velho o Soldado da Borracha, Josias Ramos da Silva, que deixa um legado de batalha, ao qual veio para Rondônia lutar pelo Brasil na floresta amazônica, na Segunda Guerra Mundial.
Para o Sindicato dos Soldados da Borracha (SINDSBOR), esta é uma grande perda, pois o soldado lutou com bravura, força e determinação, enfrentando diversos perigos e adversidades em nome da pátria.
O velório do soldado acontece nesta segunda-feira (24) na rua vale do sol, 2157, bairro Nova Floresta. Já o enterro será nesta terça-feira (25) às 09h no cemitério Recanto da Paz.
Luta por reconhecimento
Na década de 40, um exército de retirantes, em grande maioria nordestinos, foram recrutados para servir ao Estado brasileiro na extração de seringa para alimentar a indústria bélica americana em plena 2ª Guerra Mundial.
Com promessas de riquezas, os soldados ao chegarem a Amazônia enfrentaram péssimas condições de trabalho, doenças fatais, passaram fome e estavam presos aos domínios dos ‘coronéis’ donos dos seringais.
Todas as promessas foram inexistentes e, quase 80 anos depois, os Soldados da Borracha ainda lutam para que as indenizações e salários sejam equiparados a dos outros soldados que foram servir na Europa.
Com suas vidas tolhidas e marcadas por perdas e sofrimentos, os soldados vivenciaram diversos martírios em nome da pátria. O soldado Josias Ramos da Silva, agora faz parte das estatísticas, daqueles que atuaram na épica Batalha da Borracha e morreram com o sonho de um dia serem reconhecidos pelos esforços que fizeram ao Brasil e mundo.
