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Cidades

Mortalidade por sepse, hospital público é o dobro do privado

Falta de leitos de UTI e diagnóstico tardio estão entre as causas.

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Publicado: 08/10/2018 às 08h51min

Um estudo inédito realizado com 350 pacientes atendidos em 28 hospitais públicos e 46 privados, em 74 hospitais de todo o país aponta que a taxa de mortalidade nos hospitais públicos, ocasionada por infecção generalizada (sepse), é mais do que o dobro do que os números dos hospitais privados. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, são 42,2% de mortes por esta razão contra 17,7% no privado.

Ainda segundo a pesquisa, os motivos para este número estão elevado são o diagnóstico tardio, demora em acessar o serviço de saúde, tratamento inadequado e falta de leitos e recursos. Pacientes com sepse, quando são transferidos para a UTI nas primeiras 24 horas, tem muito mais chances de sobrevida, contudo os pacientes do SUS enfrentam muitas dificuldades nesse tipo de abordagem, prática muito mais comum nos hospitais privados.

Segundo o médico Luciano Azevedo, presidente do Ilas (Instituto Latino Americano de Sepse) e um dos autores do estudo, o fato de o paciente ficar no pronto-socorro enquanto aguarda um leito na UTI aumenta seu risco de morte.

“O paciente chega ao PS com um infarto, um AVC ou um trauma e fica à espera de leito de UTI. Se ele tiver sepse, o risco de mortalidade é maior. No PS, ele não receberá o cuidado adequado que uma UTI proporciona”, diz Azevedo.



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