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RONDÔNIA

Mostra de DH abre inscrição dia 25

A partir da próxima semana, no dia 25 de novembro estarão abertas as inscrições para que entidades representativas da sociedade possam..

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Publicado: 20/11/2014 às 09h46min | Atualizado 28/04/2015 às 14h39min

Presença do público foi muito boa durante as exibições dos filmes da mostra

Presença do público foi muito boa durante as exibições dos filmes da mostra

A partir da próxima semana, no dia 25 de novembro estarão abertas as inscrições para que entidades representativas da sociedade possam solicitar extensão dos filmes que fizeram parte da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul, exibida em Porto Velho. As entidades selecionadas receberão kits com alguns filmes que foram exibidos na mostra e a ideia é repassá-los em mil pontos diferentes, nas 26 capitais e no Distrito Federal.

Podem participar escolas públicas e privadas, associações, cooperativas, Organizações Não-Governamentais (ONGs) e demais entidades que tiverem interesse em reproduzir os filmes da mostra. O endereço para inscrição é www.mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br. A proposta é de que os filmes sejam repassados, também na área rural, portanto administradores distritais podem ficar atentos ao período de inscrição e solicitação da extensão da mostra para sua comunidade. “Sempre tivemos interesse em estender a mostra para públicos alternativos e este ano há oportunidade para esta democratização, basta que os interessados façam o cadastro no site”, afirma Emanuela Palma, uma das organizadoras do evento.

A 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos foi exibida entre os dias 10 e 15 de novembro e foi aberta à comunidade em geral. No total foram exibidos 41 filmes com temáticas relacionadas aos direitos humanos e que retrataram histórias de moradores de rua, idosos, crianças, adolescentes e sobre a ditadura militar, este último, como forma de lembrar o golpe, de 1964.

As sessões diárias contaram com participação de alunos da rede pública e particular de ensino, universitários e demais pessoas interessadas na temática. Diariamente em média quatro turmas lotaram o auditório do Serviço Nacional do Comércio (Senac), na capital.

A sessão de sexta-feira, (14), contou com a participação de universitários do curso de comunicação social, que interagiram com a jornalista Ana Fabre, editora do G1 sobre a atuação da imprensa frente à divulgação dos fatos. Entre várias abordagens, Fabre falou sobre o desdobramento de notícias e como as equipes atuam na cobertura das notícias, no site G1. Ela considerou importante, momentos dedicados à discussão e troca de expertises.
“É extremamente importante eventos como este, porque envolve os estudantes e propõem discussões no âmbito de direitos humanos e mesmo para a atuação da imprensa, como recorte e análise ao filme que exibido”, reflete. “Me surpreendeu a participação ativa dos estudantes que não só se interessaram pelo tema do filme, mas ficaram até o final do debate”, ressalta.

Além da jornalista Ana Fabre, participaram como debatedores, Raphael Bevilaqua, procurador do Ministério Público Federal (MPF), Leonardo Felizardo e Xênia Barbosa, professores de história.

Em Porto Velho, a mostra foi organizada através do Cineoca, pelas jornalistas Emanuela Palma e Malu Calixto, que consideraram o resultado como excelente. “Tivemos, em média, a participação de 300 pessoas por dia, acredito que foi o melhor ano em participação de público. Aos poucos a comunidade está se identificando”, diz Malu Calixto.

Usando a linguagem do cinema

Segundo a jornalista Emanuela Palma, a participação da comunidade reflete a busca do público em participar de agendas culturais que promovam reflexão. “O público portovelhense é ávido por novidade, mesmo com a agenda cultural em franca expansão e desenvolvimento. Temos um público exigente e creio que iniciativas como essa sempre serão bem-vindas”, evidencia.

Malu Calixto ressaltou a importância da linguagem cinematográfica como ferramenta para promover temáticas delicadas, como direitos humanos. “Direitos humanos é isso, principalmente ter acesso garantido, e neste caso, garantia às informações, que foram simplificadas para a linguagem cinematográfica, acessível a todos os públicos”, resume.

Os 41 filmes exibidos foram divididos em três mostras: Competitiva, com total de 32 filmes, Memória e Verdade, total de quatro filmes e que apresentaram recorte interpretativo sobre o Golpe Militar de 1964.



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