Em assembleia geral realizada na manhã do último domingo (09), na sede do Sinttra/RO (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário no Estado de Rondônia), os motoristas de ônibus da usina de Santo Antônio aprovaram, por unanimidade, a decretação de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 14.
Os trabalhadores não aprovaram a contraproposta apresentada pela empresa, que queria repor apenas o índice do IGP – M (Índice Geral de Preços – Mercado) e manteria as demais cláusulas inalteradas. Os trabalhadores reivindicam além do reajuste de 16%, o aumento no valor do ticket prêmio assiduidade R$ 450 para R$ 600.
A categoria reclama que houve apenas uma reunião com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), e nas reuniões isoladas com os trabalhadores não houve avanço nas negociações. A usina alega e diz que é impossível alcançar o reajuste que os trabalhadores querem. O sindicato reconhece que à primeira vista, o índice parece ser muito elevado se for levado em consideração a inflação acumulada nos últimos 12 meses que é de 6,5%. Mas de acordo com a categoria, a realidade dentro dos canteiros de obras das duas usinas é diferenciada. A principal bandeira da categoria, de acordo com o Sinttra, é o piso dos motorista de ônibus das empresas que atendem Santo Antônio. Atualmente o piso é de R$ 1.367,52, valor que estaria defasado em relação aos profissionais que desempenham funções equivalentes dentro da Usina.
Além disso, o piso dos operários que desempenham a função de oficial (pedreiro, pintor, carpinteiro…) é de R$ 1.517,97. Os motoristas reivindicam que, pelo menos, o piso deles seja igual ao de oficial dentro da usina.
Na assembleia, coordenada pelo presidente do Sinttrar, Antônio Carlos da Silva, foi descartada a proposta do patronato. Nesta terça-feira (11) o Sinttrar notifica as empresas, autoridades e usuários de que a greve por tempo indeterminado terá início a partir da próxima sexta-feira (14).
“A postura das empresas durante dois meses de negociação foi um verdadeiro descaso com os trabalhadores, oferecendo apenas um índice ridículo de seis por cento, fora da realidade das usinas”, protestou Da Silva.
