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Motoristas enfrentam caos em trechos críticos da 364

Crateras na BR-364 comprometem o transporte da safra agrícola em Rondônia.

Publicado: 05/03/2017 às 05h00

Rondônia apresenta uma estimativa para a safra de grãos, 2017/2018, onde a soja lidera com 783 mil toneladas, o milho 610 mil toneladas, totalizando 1 milhão 393 mil toneladas. A BR-364, rodovia que se transformou na espinha dorsal por onde transita toda a economia da região ligando o Estado de ponta a ponta ao restante do País, encontra-se na eminência de colocar todo sistema produtivo em colapso, se medidas urgentes de restauração e preservação não forem colocadas em prática pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Os números estimados já se encontram internalizados na Companhia Nacional de Abastecimento (Cianb), revelando que em 2017/2018, a soja e milho continuam liderando com um crescimento médio de 5%, assim como ocorreu nos últimos três anos, tanto em áreas cultivadas, quanto em produtividade. Sem computar as centenas de toneladas destes grãos produzidas no vizinho Mato Grosso, que descem em carretas com até 72 toneladas em direção aos armazéns portuários no rio Madeira.
A colheita de soja que teve início na metade do mês de fevereiro, na atualidade já coloca mais de 300 carreta/dia, ziguezagueando para desviar dos buracos e crateras, enfrentando a ausência de sinalização na BR 364, que continuam provocando acidentes, prejuízos e aborrecimento aos caminhoneiros e condutores de veículos de menor porte.

Robson Alves Rizzon, engenheiro agrônomo e gerente comercial da Central Agrícola sediada em Vilhena, que coordenou os levantamentos em campo e compartilhou com a Conab, se mostra preocupado com o escoamento da produção de grãos em Rondônia, sinalizando que o crescimento da agricultura vem se desenvolvendo de maneira acentuada. Todavia, o descuido com a BR-364 já acendeu o sinal amarelo diante de um possível e desastroso colapso, para economia regional.

Veículos de pequeno porte enfrentam sérias dificuldades

Veja os números e analise se não é preocupante 

Estimativas para a safra de grãos, somente soja e milho, em todo o estado de Rondônia partindo de Vilhena sempre às margens da BR-364 até Porto Velho são impressionantes. Se os números são bonitos e estimulantes, a falta de cuidado com a BR-364 é assustador. Vamos a eles.

Vilhena, cuja estimativa para a safra 2017/2018 são de 46 mil hectares de lavouras cultivadas com uma produção de soja variando entre 165 e 170 mil toneladas de grãos. Na região de Cerejeiras, Cabixi, Colorado, Pimenteiras e Corumbiara área denominada de Cone Sul do Estado, 126 mil hectares de lavouras de soja vicejam os campos produzindo 400 mil toneladas de grãos.

Dali para frente o ritmo no campo prossegue acelerado, com a Zona da Mata e Rolim de Moura cultivando 16 mil hectares com uma produção estimada para 46 mil toneladas. Mas não fica só nisso: no Vale do Guaporé, no município de São Miguel, os tratores e implementos agrícolas de última geração rasgaram 17 mil hectares de campo bruto transformando em lavouras de soja e milho projetadas para colher na safra 2017/2018, 56 mil toneladas.

Buracos e crateras na rodovia impedem o desenvolvimento

No mesmo rumo seguindo pela BR-364, encontra-se o município de Ariquemes liderando o Vale do Anarí, que vem despontando como outra fronteira agrícola em Rondônia cultivando 35 mil hectares de terras com estimativa de uma colheita de 93 mil toneladas.

Em direção a Porto Velho, sempre margeando a BR-364, nos municípios de Machadinho do Oeste, Alto Paraíso, Rio Crespo, Cujubim, Itapuã do Oeste, Candeias do Jamarí somam mais de 25 mil hectares de lavouras, que no final das contas devem entesourar 52 mil toneladas de grãos. No município de Porto Velho, estimativas oficiais e não oficiais mostram que já existem mais de 9 mil hectares de lavouras para produzir 24 mil toneladas de grãos.

Por José Luiz Alves Diário da Amazônia

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