Porto Velho/RO, 19 Março 2024 16:18:27
VARIEDADES

Mourão, o vice-presidente alinhado, aliado e destemido!

A chapa puro sangue militar (Bolsonaro e Mourão) é a primeira da história da República eleita democraticamente desde 1889.

Por Victoria Angelo Bacon.
A- A+

Publicado: 31/12/2019 às 14h06min | Atualizado 31/12/2019 às 15h14min

Hamilton Mourão chegou ao cargo de vice-presidente, após três tentativas do presidente Bolsonaro em 23 de agosto de 2018. É considerado calmo, estrategista e politicamente correto!

Em seu primeiro ano de governo, o vice-presidente Hamilton Mourão, demonstrou durante todo ano de 2019 um alinhamento primoroso com o presidente Jair Bolsonaro. Desde o presidente Fernando Henrique Cardoso que tinha Marco Maciel seu vice “dos sonhos”, não se via um vice-presidente com qualidades tão notáveis quanto a figura de Mourão.
A escolha de Mourão ocorreu por vontade própria de Jair Bolsonaro, após quatro desistências de outros vices convidados. Foi a primeira chapa puro sangue militar a ser eleita na história da República Brasileira desde 1889.

Vamos conhecer quem é o vice-presidente da República.

1. Vida pessoal.
De ascendência indígena, Hamilton Mourão é filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão e de Wanda Coronel Martins Mourão (ambos amazonenses). Foi casado com Ana Elisabeth Rossell Mourão desde 1976, com quem teve dois filhos: Antônio e Renata. Viúvo em 2016, casou-se dois anos depois com Paula Mourão.

2. Carreira Militar.

Em seu primeiro ano de governo, o vice-presidente Hamilton Mourão, demonstrou durante todo ano de 2019 um alinhamento primoroso com o presidente Jair Bolsonaro. Desde o presidente Fernando Henrique Cardoso que tinha Marco Maciel seu vice “dos sonhos”, não se via um vice-presidente com qualidades tão notáveis quanto a figura de Mourão.
A escolha de Mourão ocorreu por vontade própria de Jair Bolsonaro, após quatro desistências de outros vices convidados. Foi a primeira chapa puro sangue militar a ser eleita na República Brasileira desde 1889.
Durante sua vida militar, foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, cumpriu Missão de Paz em Angola – UNAVEM III – e foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela. Comandou o 27° Grupo de Artilharia de Campanha em Ijuí (Rio Grande do Sul), a 2ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (Amazonas), e a 6ª Divisão de Exército, em Porto Alegre.
Foi Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército e, ao ser promovido ao último posto, Comandante Militar do Sul, entre 28 de abril de 2014 e 26 de janeiro de 2016.Na sequência, chefiou a Secretaria de Economia e Finanças, de onde foi destituído em 9 de dezembro de 2017. Na época, a sua destituição foi associada ao teor de suas declarações durante palestras que ministrava em Clubes do Exército ao redor do país, no entanto a assessoria do Exército Brasileiro não informou o real motivo para a destituição do general.
Deixou o serviço ativo em 28 de fevereiro de 2018, após 46 anos de serviço, sendo transferido para a reserva remunerada.

 

O General Hamilton Mourão antes de ser escolhido o vice na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro.

3.Vida na reserva.
Segundo a Revista Sociedade Militar, o general Hamilton Mourão se inscreveu e se consagrou, sem necessidade de eleições (por aclamação), como novo presidente do Clube Militar.
Filiou-se ao PRTB e ingressou na política, sendo candidato eleito à vice-presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro.

4. Posições políticas.
O militar ganhou notoriedade no ano de 2015 durante as crises políticas do mandato da presidente Dilma Rousseff, quando foi transferido do Comando Militar do Sul (CMS) para a Secretaria de Economia e Finanças, no Distrito Federal, transferência esta normal pelas normas do Exército após completar 02 (dois) anos de comando do Comando Militar do Sul.
Em pronunciamento público em loja maçônica Grande Oriente em setembro de 2017, no Distrito Federal, afirmou que entre os deveres do Exército Brasileiro está a garantia do funcionamento das instituições e da lei e da ordem, e que se o judiciário não fosse capaz de sanar a política existente no país isso seria imposto pelo exército por meio de uma intervenção militar, que na visão dele estaria prevista na Constituição Federal de 1988. Porém, durante um pronunciamento referente à greve dos caminhoneiros, que ocorreu no primeiro semestre de 2018, ele deixou claro que a intervenção militar não seria a solução para a crise vivida no país.
“Tem gente que quer as Forças Armadas incendiando tudo. E a coisa não pode ser assim, não pode ser desse jeito. Não concordo. Soluções dessa natureza a gente sabe como começam e não sabe como terminam. Acho que a coisa tem que ser organizada, concertada. Se o governo não tem condições de governar, vai embora, renuncia. Antecipa as eleições, faz qualquer coisa, mas sai do imobilismo dele.” — General Hamilton Mourão, 27 de maio de 2018.
No dia 23 de novembro de 2018, concedeu entrevista à Folha de S.Paulo, na qual afirmou que defende pragmatismo e cautela em temas como economia e relações com China, Venezuela e Oriente Médio. Mourão é considerado por parte da imprensa com uma voz moderada no governo Bolsonaro.

 

Assinatura de Hamilton Mourão.

5. Controvérsias.
Durante a recuperação de Jair Bolsonaro após o atentado, Mourão deu declarações consideradas controversas e revelou ter desejo de ir aos debates no lugar dele.
Mourão disse ter intenção de convocar uma nova constituinte, composta apenas por “notáveis” e não por pessoas eleitas democraticamente. Mourão também causou polêmica ao criticar do décimo terceiro salário, chamando-o de uma das “jabuticabas brasileiras” e que teria custos aos empresários, mas disse que isso não significa que iria pôr fim a ele. Bolsonaro disse ao Jornal Nacional que as afirmações de Mourão foram “infelizes”, que o “décimo terceiro salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas” e que “só quem desconhece a Constituição critica benefício”.[24]
Em 6 de outubro de 2018, Mourão causou uma nova controvérsia ao afirmar que seu neto é um “cara bonito” por conta do “branqueamento da raça” ao conceder uma entrevista no Aeroporto de Brasília. Mourão já havia se envolvido em uma polêmica relativa a questões raciais quando assumiu o posto de vice da chapa de Bolsonaro. Ele havia afirmado em uma palestra que o Brasil tinha a “indolência” dos indígenas, a “herança do privilégio” dos ibero-americanos e a “malandragem” dos negros.
Pedido de impeachment
Em abril de 2019, Mourão foi alvo de um pedido de impeachment do deputado federal Marco Feliciano, que acusou de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para conseguir o cargo do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acabou arquivando o pedido e disse em nota, no dia 24 do mesmo mês, que a denúncia é “inadmissível” e tem “propósito acusador”, pois não se trata de condutas referentes ao exercício do cargo.
Entre os motivos que levaram Marco a apresentar a denúncia, está uma postagem crítica realizada pela jornalista Rachel Sheherazade e endossada pelo Mourão. Na publicação, curtida por Mourão, Raquel indica que o vice-presidente é a melhor opção para administrar o Brasil.

6. O militar.
Ingressou no Exército em fevereiro de 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) onde, em 12 de dezembro de 1975, foi declarado aspirante-a-oficial da Arma de Artilharia.
Em seguida obteve cursos de formação, de aperfeiçoamento, de altos estudos militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, além dos cursos básico paraquedista, mestre de salto e salto livre, também possui o curso de guerra na selva. Durante sua vida militar, foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, cumpriu Missão de Paz em Angola – UNAVEM III – e foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela. Comandou o 27° Grupo de Artilharia de Campanha em Ijuí (Rio Grande do Sul), a 2ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (Amazonas), e a 6ª Divisão de Exército, em Porto Alegre.
Foi Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército e, ao ser promovido ao último posto, Comandante Militar do Sul, entre 28 de abril de 2014 e 26 de janeiro de 2016. Na sequência, chefiou a Secretaria de Economia e Finanças, de onde foi destituído em 9 de dezembro de 2017. Na época, a sua destituição foi associada ao teor de suas declarações durante palestras que ministrava em Clubes do Exército ao redor do país, no entanto a assessoria do Exército Brasileiro não informou o real motivo para a destituição do general.
Deixou o serviço ativo em 28 de fevereiro de 2018, após 46 anos de serviço, sendo transferido para a reserva remunerada.

7. Vida na reserva.
Segundo a Revista Sociedade Militar, o general Hamilton Mourão se inscreveu e se consagrou, sem necessidade de eleições (por aclamação), como novo presidente do Clube Militar.
Filiou-se ao PRTB e ingressou na política, sendo candidato eleito à vice-presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro.

 

o livro, o presidente eleito assume o compromisso de governar o país e defender a Constituição, dando prosseguimento à linha do tempo que vem sendo traçada desde 26 de fevereiro de 1891. O acesso aos dois volumes é restrito com o intuito de resguardar o patrimônio…Os documentos ficam guardados no Arquivo do Senado, em uma sala com temperatura, umidade e luminosidade submetidas a parâmetros rigorosos. Organizados em dois volumes pela Coordenação de Arquivo, esses documentos testemunham a evolução histórica da língua portuguesa, a partir de elementos como a perda sucessiva de arcaísmos…Calígrafa Andréa Branco escreve o termo presidencial, pois devido à rotina de trabalho, não há condição de escrever o termo enquanto acontece a posse…Foto: Pedro França/Agência Senado

8. Posições políticas.
O militar ganhou notoriedade no ano de 2015 durante as crises políticas do mandato da presidente Dilma Rousseff, quando foi transferido do Comando Militar do Sul (CMS) para a Secretaria de Economia e Finanças, no Distrito Federal, transferência esta normal pelas normas do Exército após completar 02 (dois) anos de comando do Comando Militar do Sul.
Em pronunciamento público em loja maçônica Grande Oriente em setembro de 2017, no Distrito Federal, afirmou que entre os deveres do Exército Brasileiro está a garantia do funcionamento das instituições e da lei e da ordem, e que se o judiciário não fosse capaz de sanar a política existente no país isso seria imposto pelo exército por meio de uma intervenção militar, que na visão dele estaria prevista na Constituição Federal de 1988. Porém, durante um pronunciamento referente à greve dos caminhoneiros, que ocorreu no primeiro semestre de 2018, ele deixou claro que a intervenção militar não seria a solução para a crise vivida no país.

Mourão como candidato a vice-presidente em setembro de 2018.

“Tem gente que quer as Forças Armadas incendiando tudo. E a coisa não pode ser assim, não pode ser desse jeito. Não concordo. Soluções dessa natureza a gente sabe como começam e não sabe como terminam. Acho que a coisa tem que ser organizada, concertada. Se o governo não tem condições de governar, vai embora, renuncia. Antecipa as eleições, faz qualquer coisa, mas sai do imobilismo dele.” — General Hamilton Mourão, 27 de maio de 2018.
No dia 23 de novembro de 2018, concedeu entrevista à Folha de S.Paulo, na qual afirmou que defende pragmatismo e cautela em temas como economia e relações com China, Venezuela e Oriente Médio. Mourão é considerado por parte da imprensa com uma voz moderada no governo Bolsonaro.

Bolsonaro e Mourão no primeiro dia de Governo em 01 de janeiro de 2019.

9. As controvérsias.
Durante a recuperação de Jair Bolsonaro após o atentado, Mourão deu declarações consideradas controversas e revelou ter desejo de ir aos debates no lugar dele.
Mourão disse ter intenção de convocar uma nova constituinte, composta apenas por “notáveis” e não por pessoas eleitas democraticamente. Mourão também causou polêmica ao criticar do décimo terceiro salário, chamando-o de uma das “jabuticabas brasileiras” e que teria custos aos empresários, mas disse que isso não significa que iria pôr fim a ele. Bolsonaro disse ao Jornal Nacional que as afirmações de Mourão foram “infelizes”, que o “décimo terceiro salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas” e que “só quem desconhece a Constituição critica benefício”.
Em 6 de outubro de 2018, Mourão causou uma nova controvérsia ao afirmar que seu neto é um “cara bonito” por conta do “branqueamento da raça” ao conceder uma entrevista no Aeroporto de Brasília. Mourão já havia se envolvido em uma polêmica relativa a questões raciais quando assumiu o posto de vice da chapa de Bolsonaro. Ele havia afirmado em uma palestra que o Brasil tinha a “indolência” dos indígenas, a “herança do privilégio” dos ibero-americanos e a “malandragem” dos negros.

10. Pedido de impeachment.
Em abril de 2019, Mourão foi alvo de um pedido de impeachment do deputado federal Marco Feliciano, que acusou de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para conseguir o cargo do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acabou arquivando o pedido e disse em nota, no dia 24 do mesmo mês, que a denúncia é “inadmissível” e tem “propósito acusador”, pois não se trata de condutas referentes ao exercício do cargo.
Entre os motivos que levaram Marco a apresentar a denúncia, está uma postagem crítica realizada pela jornalista Rachel Sheherazade e endossada pelo Mourão. Na publicação, curtida por Mourão, Raquel indica que o vice-presidente é a melhor opção para administrar o Brasil.

(Brasília – DF,17/03/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante a Transmissão de cargo para o Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão. .Foto: Alan Santos/PR

Esse texto se referenciou nos Portais UOL e Globo. Página pessoal do vice-presidente e Blog.

 



Deixe o seu comentário