Porto Velho/RO, 31 Março 2024 19:20:36
Diário da Amazônia

Movimento nas estradas puxa outras demandas

Outros segmentos da sociedade ingressaram na mobilização e estão reivindicando a redução de outros impostos.

Por Marcelo Freire Diário da Amazônia
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Publicado: 26/05/2018 às 06h00min

O governo federal atendeu com urgência as principais reivindicações dos motoristas que estão em greve desde a semana passada por conta do reajuste do óleo diesel e da gasolina. O problema, nesse momento, é que outras mobilizações estão ganhando corpo pelo país e fora do controle dos órgãos de segurança. Outros segmentos da sociedade ingressaram na mobilização e estão reivindicando a redução de outros impostos, principalmente aqueles que pesam na folha de pagamento das empresas.

O Brasil amanheceu hoje enfrentando uma das piores crise econômicas, inviabilizando o crescimento da economia e contribuindo para o aumento do índice de desemprego. É justamente nesse momento que a população começa a se revoltar e aproveitam para cobrar outras reivindicações. Ocorre que essas novas demandas não tem um coordenador do movimento para encaminhar essas propostas ao governo federal. Especialistas econômicos entendem que dificilmente as demandas dos motoristas poderão ganhar apoio no Congresso.

Ontem em Porto Velho, os caminhoneiros fizeram uma carreata pelas principais ruas do centro da capital e receberam todo o apoio da sociedade. Nas ruas, por onde o movimento passada, a população aproveitar para registrar fotos. A manifestação da população foi de total apoio a mobilização. grande problema hoje foi que a categoria começou a mobilização muito tarde. Este ano, por exemplo, a gasolina sofreu mais de sete reajustes e ninguém foi para as ruas reclamarO que houve naquela época foi apenas pequenas mobilizações nas redes sociais, mas não passou disso.

O setor de transporte, mais uma vez, mostrou seu poder de força e deixou muito claro que gera emprego e renda em diversos segmentos da economia. O reajuste do preço da gasolina impacta no orçamento do brasileiro e causa alta de preço em outras áreas. O presidente Michel Temer (MDB) não acreditou muito que o movimento recebesse apoio de todos os setores da sociedade, mas não se pode deixar de lembrar que existem os oportunistas de plantão solicitando pedidos que não refletem a realidade do país.

O próximo governo que tomará posse no próximo dia 1º de janeiro de 2019 terá uma imensa responsabilidade pela frente em conduzir uma política econômica diferenciada. É claro que as medidas adotadas pela União, abrindo mão de receita para cobrir o redução do preço do diesel, vão atingir no próprio orçamento da União, impactando por exemplo, nos ministérios dos Transportes, Saúde e Educação.



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